Em uma reviravolta surpreendente na Guerra do Gás, horas depois do colapso das negociações em Bruxelas entre as ex-repúblicas soviéticas da Rússia e da Ucrânia, a União Européia anunciou que o primeiro-ministro Vladimir Putin, homem-forte da Rússia, concordou com as condições para colocar monitores do gasoduto em território ucraniano. Mas, no último momento, a Rússia desistiu.
A Rússia suspendeu o fornecimento de gás natural à Ucrânia em 1º de janeiro, alegando atrasos no pagamento e desacordo quanto ao preço da mercadoria em 2009. Ontem, cortou totalmente o envio de gás, deixando 12 países europeus com os estoques no fim em pleno inverno no Hemisfério Norte, com temperaturas negativas em quase todo o continente.
Para justificar o corte para todo o continente, a empresa estatal Gazprom, que detém o monopólio do gás na Rússia, acusou a Ucrânia de roubar gás russo. Ontem, a UE encontrou a fórmula de colocar observadores junto ao gasoduto.
Putin insistiu na presença de fiscais russos. A UE argumentou que não poderia obrigar a Ucrânia, um país soberano, a aceitar representantes de terceiros países.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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