No décimo dia de uma ofensiva contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o Exército de Israel dividiu a Faixa de Gaza em três e cercou a Cidade de Gaza, dando início à guerra urbana para localizar arsenais, túneis secretos e bases de lançamento de foguetes do grupo fundamentalista palestino. Pelo menos 555 palestinos e cinco israelenses morreram desde o início deste conflito.
O avanço israelense ocorre sob pesado bombardeio aéreo, naval e terrestre. Desde a invasão do território palestino por terra no sábado, os soldados israelenses cortaram a Faixa de Gaza em três e cercaram a principal cidade.
A guerra é mais intensa no Norte de Gaza, de onde militantes palestinos lançaram mais de 3 mil foguetes desde que Israel se retirou da Faixa de Gaza, há três anos e quatro meses.
Ao rejeitar uma trégua, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o Hamas está "sofrendo um duro golpe". Mas os radicais palestinos mantêm uma atitude desafiadora. Hoje, lançaram mais de 30 foguetes contra Israel, atingindo inclusive um jardim de infância, onde não houve feridos porque estava vazio.
Em Gaza, os hospitais não conseguem atender aos 2,7 mil feridos.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, iniciou hoje no Egito uma missão de paz pelo Oriente Médio. Depois, esteve em Ramala, na Cisjordânia, onde se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Abbas, que fala amanhã no Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigiu o fim imediato do que chamou de "agressão israelense" e a reabertura das fronteiras do território ocupado.
Em todo o mundo muçulmano, os protestos se multiplicam. Hoje, foram mais violentos no Líbao, onde a milicia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) pode abrir uma segunda frente de combate para tentar diminuir a pressão de Israel sobre o Hamas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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