Em uma medida inesperada, o presidente Evo Morales mudou hoje os principais comandantes militares da Bolívia, a três semanas do referendo que deve aprovar uma nova Constituição para implantar suas reformas socializantes.
Morales estaria insatisfeito com o comandante-em-chefe das Forças Armadas, general Luis Trigo, que criticou a "influência estrangeira" durante o conflito do governo central com os departamentos governados pela oposição, que lutam por autonomia regional, no ano passado.
Na época, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ofereceu ajuda militar a Morales, caso o conflito degenerasse numa guerra civil. O general Trigo declarou que qualquer força estrangeira seria considerada inimiga.
Sem admitir qualquer problema, o presidente agradeceu às Forças Armadas por defenderem a unidade nacional e a soberania da Bolívia diante do que chamou de "provocações e agressões internas e externas".
O novo comandante, contra-almirante José Luis Cabas Villegas, jurou lealdade ao governo e ao país. Ele vem da Marinha, a arma mais fraca, já que o país não tem saída para o mar, mantendo apenas uma força naval simbólica estacionada no Lago Titicaca.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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