Depois de 12 horas, uma força de operações especiais da Rússia conseguiu na Síria resgatar o piloto do caça-bombardeiro Sukhoi-24 abatido ontem pela Turquia sob a acusação de ter invadido seu espaço aéreo, noticiou hoje a televisão pública britânica BBC.
O piloto já está na base aérea russa na Síria, em Lataquia, onde manteve a versão de Moscou de que não houve alerta dos caças F-16s turcos, de fabricação americana, que o derrubaram. A Turquia afirma ter feito dez advertências em cinco minutos antes de derrubar o avião.
O copiloto foi morto quando descia de paraquedas por rebeldes sírios turcomenos, apoiados pela Turquia, que eram alvo de bombardeios da Força Aérea da Rússia, que intervém na guerra civil da Síria desde 30 de setembro de 2015. Um fuzileiro naval russo morreu na operação de resgate, quando seu helicóptero foi atacado pelos rebeldes.
Como uma coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos - que já fez 8 mil ataques ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante, acaba de informar o presidente Barack Obama - e a intervenção da Rússia, o risco de incidentes entre aviões de guerra no espaço aéreo sírio é enorme.
Os EUA fizeram um acerto com a Rússia para evitar um choque imprevisto. Ontem, Obama declarou que ele não se aplica no caso do ataque da Turquia, porque este país tem direito de proteger "seu território e seu espaço aéreo".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Rússia resgata piloto sobrevivente do ataque da Turquia
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