Na maior queda desde agosto, a Bolsa de Valores de Xangai baixou 5,5% hoje com o aprofundamento das investigações sobre possíveis manipulações do mercado financeiro. Desde o pico de junho, as ações chinesas perderam em média 38% do valor.
As ações das corretoras Citic Securities e Guosen Securities caíram 10%. Os negócios com a Haitong Securities foram suspensas. Em Hong Kong, a perda do índice Hang Seng foi de 1,9% hoje e de 3% na semana.
"Os investidores estão preocupados com quem será o próximo alvo" das autoridades reguladoras, comentou o diretor de pesquisas da China Galaxy International Securities. "Com informações limitadas, os investidores têm dificuldades para quantificar o impacto e portanto alguns decidiram reduzir suas posições e aguardar."
Sem entender muito bem como funciona o mercado, as autoridades do regime comunista chinês tentam impedir a volatilidade do mercado para relançar ofertas iniciais de ações até o fim de 2015. Nesse processo, prenderam corretores e gerentes de fundos por fazerem operações de venda a descoberto (short selling). Isso acontece quando investidores tomam dinheiro emprestado para pagar com ações, compram lotes de ações e as vendem imediatamente para forçar a queda e depois pagar menos pelo empréstimos.
Desde o início de novembro, as ações chinesas registraram uma alta de 20% em relação. Mesmo com a queda de hoje, estão em alta de 1,4% no mês e de 14% em relação a agosto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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