Por 551 a 6 votos, pedido do presidente François Hollande, a Assembleia Nacional da França decidiu hoje prorrogar por três meses o estado de emergência decretado depois da onda de terror em Paris. A medida permite à polícia revistar residências e prender suspeitos sem autorização judicial, dissolver grupos radicais, bloquear sítios de Internet e redes sociais.
Como o jornal americano The Washington Post, citado por este blog, antecipou ontem, o suposto mandante dos atentados na capital francesa, Abdelhamid Abaaoud, foi morto no ataque da polícia e do Exército da França contra um apartamento alugado por terroristas na cidade de Saint-Denis, na Grande Paris. O anúncio oficial foi feito hoje à Assembleia pelo primeiro-ministro Manuel Valls.
Além da onda de terror em Paris, Abaaoud seria responsável por quatro de seis atentados frustrados nos últimos meses, declarou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Em seu discurso, o primeiro-ministro Valls advertiu para o risco de ataques químicos ou biológicos.
Neste momento, a polícia francesa realiza uma operação em Aulnay-sous-Bois, no apartamento da mãe da jovem terrorista suicida que se autodetonou ontem em Saint-Denis depois de tentar atrair policiais para uma cilada alegando ter sido sequestrada.
"Todo o bairro está cercado pela polícia. Eles não deixam entrar nem sair ninguém. A Rua Edgar Degas está totalmente fechada", contou à Agência France Presse (AFP) um morador da cidade de 3 mil habitantes.
A Festa das Luzes, que seria realizada no início de dezembro na cidade francesa de Lyon, foi cancelada. Será transformada numa série de homenagens às vítimas do terrorismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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