O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje a inclusão do iuane entre as moedas de reserva, ao lado do dólar, do euro, do iene e da libra esterlina a partir de 1º de outubro de 2016. A moeda chinesa deve passar a ser mais usada em transações internacionais e como reserva cambial, noticia o jornal The New York Times.
Para o iuane ser reconhecido como moeda de reserva, a China abre mão de parte de seu controle, liberalizando o regime cambial. Isso pode causar volatilidade num momento de desaceleração e transição de uma economia baseada no investimento para um modelo mais orientado para o consumo interno.
A moeda chinesa passa a fazer parte da cesta de moedas usada pelo FMI para calcular o valor de sua própria moeda contábil, os direitos especiais de saque (DES). Será a primeira mudança na cesta desde a inclusão do euro em 1999.
O dólar continua a ter peso de 42% no valor dos DES, o euro cai de 37% para 31%, a libra de 11% para 8% e o iene de 9% para 8%, abrindo espaço para o iuane, que terá peso de 11%.
"É um reconhecimento do progresso que as autoridades chinesas fizeram nos últimos anos para reformar os sistemas monetário e financeiro da China", declarou a diretora-geral do Fundo, a ex-ministra das Finanças da França Christine Lagarde. "A continuação e o aprofundamento destes esforços vai criar um sistema internacional mais robusto, o que vai sustentar o crescimento e a sustentabilidade da China e da economia mundial."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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