domingo, 15 de novembro de 2015

Obama e Putin discutem guerra contra o Estado Islâmico

Durante a conferência de cúpula do Grupo dos Vinte (G-20), que reúne as maiores economias do mundo em Antalia, na Turquia, os presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, tiveram hoje um encontro separado para coordenar as estratégias na guerra contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Ao atacar Paris em 13 de novembro, o Estado Islâmico tornou-se uma ameaça terrorista global, além dos campos de batalha do Oriente Médio. Em 31 de outubro, tinha abatido um avião de passageiros russo matando as 224 pessoas a bordo na Península do Sinai, no Egito, numa retaliação pela intervenção militar da Rússia na guerra civil da Síria.

Depois de caírem o nível mais baixo no mundo pós-Guerra Fria por causa da intervenção militar russa na ex-república soviética da Ucrânia, as relações entre superpotências melhoram diante de um inimigo feroz em comum.

A reunião durou cerca de meia hora. Os dois países concordam que para vencer o Estado Islâmico é preciso acabar com a guerra civil na Síria, que matou mais de 250 mil pessoas em quatro anos e meio, completados hoje.

O Kremlin exigia a manutenção no poder do ditador Bachar Assad, aliado de Moscou. Já aceita que Assad seja afastado num processo de transição em que seu regime será uma peça fundamental.

Sob pressão de bombardeios aéreos da Rússia e dos EUA, o Estado Islâmico vem perdendo territórios no Iraque e na Síria. Deve apelar cada vez mais para atentados terroristas espetaculares contra alvos fáceis para mostrar que continua vivo e influente.

Os EUA entraram na guerra contra o Estado Islâmico em agosto de 2014 para proteger o povo yazidi de uma ameaça de genocídio e em resposta à execução sumária de americanos sequestrados no Oriente Médio. Lideram uma coalizão aérea de 60 países, mas se negam a colocar soldados no solo para evitar a reação negativa da opinião pública com a morte de americanos.

A Rússia começou a bombardear inimigos do regime sírio a partir de 30 de setembro de 2015. Foi acusada de atacar mais os rebeldes moderados do que o EI. Dos primeiros 595 mortos pelos ataques russos, apenas 131 eram milicianos do EI. Depois do ataque ao avião civil, intensificou as operações contra o Estado Islâmico.

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