Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem uma resolução proposta pela França autorizando o uso de "todos os meios necessários" para combater a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que assumiu a responsabilidade pelos atentados terroristas em Paris.
Em linguagem diplomática, a expressão "todos os meios necessários" inclui o uso da força e portanto a guerra contra a maior, mais rica e mais poderosa organização jihadista da história. O texto pede aos 193 países-membros da ONU que "redobrem e coordenem os esforços" na luta contra o terrorismo
A França já estava bombardeando o Estado Islâmico antes do ataque a Paris. Foi a principal razão apontada pelos terroristas para justificar suas ações. Depois dos atentados de 13 de novembro, intensificou os bombardeios aéreos.
Na próxima semana, o presidente François Hollande vai a Washington no dia 24 e a Moscou no dia 26 para tentar obter o apoio dos Estados Unidos e da Rússia para coordenar as estratégias na guerra contra o EI.
A Rússia tinha apresentado outro projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU, que falava no consentimento da Síria. Esta é a principal diferença da posição russa em relação aos EUA, à França e ao Reino Unido, que exigem a queda do ditador Bachar Assad.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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