O presidente Beji Caïd Essebsi decretou hoje estado de emergência por 30 dias na Tunísia depois de um ataque a um ônibus da guarda presidencial que deixou 12 mortos e 18 feridos na capital. Túnis está sob toque de recolher noturno das 21h às 5h.
A Tunísia é o país onde começou a chamada Primavera Árabe e o único em que a revolução levou à democracia. A abertura política levou ao fortalecimento de partidos islamitas e de movimentos jihadistas. Pelo menos 3 mil tunisianos se alistaram para lutar ao lado do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Dois importantes advogados defensores dos direitos humanos foram mortos nos últimos anos por extremistas muçulmanos. Em 18 de março de 2015, 22 pessoas, na maioria turistas europeus, foram mortas num ataque ao Museu do Bardo, em Túnis. Os terroristas morreram e não foi esclarecido a que grupo pertenciam.
Mais mortal ainda foi o ataque à praia de Sousse. Em 26 de junho, Seifeddine Rezgui disparou com um fuzil de guerra Kalachnikov contra pessoas que estavam na praia perto de um hotel de cinco estrelas de uma companhia espanhola, matando 39 pessoas antes de ser morto. O Estado Islâmico reinvidicou a autoria desse atentado.
Uma turista luso-brasileira de 76 anos, Maria da Glória Moreira, morreu em Sousse, tornando-se a primeira vítima brasileira do Estado Islâmico.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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