As escolas e o metrô de Bruxelas não vão funcionar nesta segunda-feira. Diante da ameaça de um ataque terrorista como o de Paris, o governo da Bélgica, prorrogou hoje o estado de alerta máxima por mais um dia. Dezesseis pessoas foram presas.
"Eu confirmo, como fiz ontem, que tememos ataques semelhantes aos de Paris", declarou o primeiro-ministro Charles Michel.
A tensão aumentou na semana passada, quando se soube que a onda de terror na França foi planejada e executada por extremistas muçulmanos do bairro de Molenbeek, em Bruxelas, ligados ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
No fim de semana, soldados e policiais ocuparam as ruas da capital da Bélgica e da União Europeia, sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a mais poderosa aliança militar do mundo.
A polícia belga participa da caçada ao homem mais procurado da Europa, Salah Abdeslam, considerado um dos chefes dos atentados em Paris. Dois homens, Hamza Attuou e Mohamed Amri, foram presos por ajudar na fuga de Abdeslam para a Bélgica. De acordo com um deles, Adeslam estaria com colete de explosivos, prestes a se suicidar, quando foi resgatado. Mas a preocupação vai muito além dele.
Os serviços secretos belgas temem ataques múltiplos e simultâneos contra locais de grande concentração de pessoas, como o sistema de transportes públicos, centros comerciais e eventos esportivos ou culturais.
"Entendemos que há muitos suspeitos, por isso há uma grande concentração de fortes", justificou o ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, em entrevista à televisão.
Se o estado de alerta se prolongar, com parte do comércio fechada, a economia começará a ser afetada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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