Um dos terroristas suicidas que atacaram em 13 de novembro o teatro Bataclan, onde pelo menos 90 pessoas morreram na onda de terror em Paris, foi identificado ontem como Ismael Omar Mostefaï, de 29 anos. Ele vivia no bairro de La Madeleine, na cidade de Chartres. Esteve na Síria do outono de 2013 à primavera de 2014, informa o jornal Le Monde.
Pelo menos 14 pessoas foram detidas e interrogadas neste fim de semana na investigação do pior atentado terrorista da história da França. A polícia procura dois irmãos franceses. Um se matou no Boulevard Voltaire sem ferir mais ninguém. O outro continua solto.
Mostefaï era conhecido dos serviços secretos franceses, assim como os irmãos Kouachi, que atacaram o jornal Charlie Hebdo em janeiro, e Amédy Coulibali, que aterrorizou Paris nos dias seguintes. Os estrangeiros mortos nos atentados não eram.
Com 5 a 7 milhões de muçulmanos, a França tem a maior população muçulmana da Europa. Pelo menos 1,5 mil franceses lutaram nas guerras do Oriente Médio ao lado do Estado Islâmico do Iraque e do Levane. Cerca de 250 já voltaram para casa com treinamento militar.
Ao todo, há 5 mil muçulmanos suspeitos de atividades extremistas. É muita gente para os serviços secretos vigiarem. O marroquino Ayoub el-Khazzani, desarmado quando se preparava para metralhar os passageiros de um trem Amsterdã-Paris em 21 de agosto de 2015 estava na lista de suspeitos. Saiu por falta de agentes para espioná-lo.
Outro homem-bomba, que se detonou no Estádio da França, em Saint-Denis, na Região Metropolitana de Paris, tinha um passaporte sírio. A Grécia revelou que ele entrou na União Europeia em 3 de outubro, mas a identidade não está confirmada.
Dois carros usados nos ataques foram abandonados pelos terroristas e encontrados pela polícia francesa. Um tinha vários fuzis Kalachnikov.
Em Bruxelas, a polícia da Bélgica localizou um carro que teria sido usado em Paris e prendeu sete suspeitos. Dois dos sete terroristas mortos nos atentados eram franceses que moravam na capital belga.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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