Num raro pronunciamento diante de uma sessão conjunta da Câmara e do Senado da França realizada neste momento em Versalhes, o presidente François Hollande anunciou a prorrogação do estado de emergência por 90 dias e a intensificação dos ataques aéreos contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na Síria e no Iraque. Também pediu a convocação do Conselho de Segurança das Nações Unidas para aprovar uma resolução destacando a "vontade comum de lutar contra o terrorismo".
Hollande pediu a união dos esforços dos Estados Unidos e da Rússia contra o Estado Islâmico. Nos próximos dias, ele vai se encontrar com os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin. O porta-aviões Charles de Gaulle vai para o Leste do Mar Mediterrâneo, onde vai triplicar a capacidade de ataque francesa.
Na França, o presidente anunciou a prorrogação do estado de emergência por 90 dias e propôs uma reforma constitucional para fortalecer o poder de polícia e a República: "Primeiro, os serviços de investigação e os magistrados antiterrorismo devem poder recorrer a todos os meios das novas tecnologias. A resposta penal deve levar em conta da maneira mais estrita possível a especificidade da ameaça terrorista."
Para Hollande, o artigo 16 da Constituição da França, que dispõe sobre o estado de sítio, e o artigo 36, que dá "poderes excepcionais" ao presidente em casos de "uma ameaça grave e imediata às instituições da República, à independência nacional, à integridade de seu território ou à execução de seus engajamentos internacionais", observou, "não estão mais adaptadas à situação em que nos encontramos".
Mais 5 mil policiais serão contratados. No final, concluiu o presidente francês: "Temos de fortalecer a República porque é ela que vai derrotar os terroristas. Viva a França! Viva a República!"
Em seguida, os 900 deputados e senadores do Congresso da França cantaram em coro o hino nacional, a Marselhesa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
França convoca Conselho de Segurança da ONU para guerra ao terror
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