Sete sírios e dois libanesas foram presos no Líbano sob suspeita de planejar ataques terroristas, inclusive o duplo atentado de 12 de novembro de 2015 contra um bairro xiita do Sul de Beirute em que 43 pessoas foram mortas, anunciou hoje o Ministério do Interior libanês.
Além dos mortos, mais de 200 pessoas saíram feridas do atentado. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria. A palavra Levante implica uma reivindicação de soberania sobre a Grande Síria, que inclui o Líbano, a Jordânia, a Palestina e Israel.
O Ministério do Interior revelou que os terroristas pretendiam atacar o Hospital Rassoul al-Aazam, dirigido pela milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus). Teriam desistido por causa da segurança, reforçada depois do duplo atentado de 12 de novembro.
Como luta ao lado da ditadura de Bachar Assad na guerra civil da Síria, o Hesbolá é inimigo do Estado Islâmico, que é sunita e considera todos os xiitas takfiris (apóstatas). Como traidores do "verdadeiro Islã", eles podem ser mortos.
O novo alvo seria uma rua movimentada próxima ao hospital a ser atacada em 19 de novembro por cinco terroristas suicidas, mas um foi preso e dois não conseguiram entrar no Líbano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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