O metrô da capital da Bélgica e da União Europeia foi fechado hoje de manhã, os centros comerciais não abriram e todos os eventos esportivos foram cancelado. Desde ontem à noite, Bruxelas, onde aparentemente foi organizada a onda de terror da semana passada em Paris, está em estado de alerta máxima por causa de uma ameaça terrorista "séria e iminente".
A cidade amanheceu com as ruas tomadas por soldados e policiais armados com metralhadoras. O primeiro-ministro Charles Michel explicou que as medidas foram tomadas porque agentes identificaram uma ameaça no estilo da onda de terror em Paris, que envolveria ataques simultâneos contra vários locais.
Durante a madrugada, a polícia realizou várias operações no bairro de Molenbeek, onde vive uma grande população de imigrantes e descendentes. Lá era a base da célula terrorista que organizou os atentados à capital da França.
Dois jovens belgas presos por colaborar na fuga de Salah Abdeslam, supostamente o chefe de operações dos atentados em Paris e talvez o único terrorista a participar dos ataques ainda vivo, declararam que o encontram em estado de choque e com um colete suicida. Salah estaria prestes a se detonar, revelou a revista L'Obs.
A Embaixada dos Estados Unidos em Bruxelas aconselhou os americanos residentes na cidade a "se proteger e ficar em casa".
Na França, sete das oito pessoas presas durante a operação de 18 de novembro na cidade-satélite de Saint-Denis, quando morreu o idealizador dos ataques, Abdelhamid Abaaoud, foram soltas. O homem que cedeu o apartamento aos terroristas continua preso.
Na Turquia, foram presos Ahmed Dahmani, de 26 anos, um belga de origem marroquina acusado de ajudar a escolhar os alvos dos atentados em Paris, e dois sírios que também teriam participado da onda de terror.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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