terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rússia e França bombardeiam Estado Islâmico na Síria

Diante da afirmação de que a queda de um avião russo na Península do Sinai em 31 de outubro de 2015 foi um ato terrorista, o presidente Vladimir Putin ordenou a intensificação dos bombardeios aéreos contra a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante nesta terça-feira. A França lançou uma nova onda de ataque em coordenação com as forças russas.

Em reunião do Estado-Maior russo, Putin deixou clara a intenção de mostrar aos terroristas que há um preço a pagar pelos atentados.

Durante a madrugada, a Marinha de Guerra da Rússia baseada no Mar Cáspio voltou a disparar mísseis de cruzeiro contra Rakka, no Norte da Síria, a capital do Estado Islâmico, Idlibe e Alepo. Desde 30 de setembro, as Forças Armadas russas realizaram 1,2 mil missões de ataque na Síria. Em 7 de outubro, haviam disparado 26 mísseis de cruzeiro Kalibr.

Dez aviões Rafale e Mirage 2000 da França partiram de bases aéreas na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos e atacaram 16 alvos em Rakka.

O presidente François Hollande vai a Washington no dia 24 e a Moscou no dia 26 para tentar promover uma união entre os EUA e a Rússia na guerra contra o Estado Islâmico.

A aliança tem uma limitação séria. Os objetivos militares são diferentes. Enquanto a França exige o afastamento do ditador da Síria, Bachar Assad, a Rússia interveio para mantê-lo no poder. Por isso, deve continuar bombardeando outros grupos rebeldes e não apenas o Estado Islâmico.

Pelas estimativas do Departamento da Defesa dos EUA, 80% dos bombardeios da Rússia são contra outros grupos rebeldes. Com o abate de um avião de passageiros de uma companha russa no Deserto do Sinai em 31 de outubro, o presidente Vladimir Putin mudou sua estratégia e intensificou os esforços no caombate ao Estado Islâmico.

Nenhum comentário: