Com a cobertura da Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados, as forças de segurança do Iraque já recapturaram a metade da cidade de Ramadi, capital da província de Ambar, tomada pelos jihadistas em maio de 2015, noticiou o sítio de notícias turco World Bulletin citando como fonte um oficial iraquiano.
Em outubro, diante da intervenção militar da Rússia na guerra civil da Síria, um porta-voz da aliança de mais de 60 países liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico revelou que a ofensiva para retomar Ramadi estava na fase final de preparação.
A estratégia do presidente Barack Obama, acusada de ser insuficiente para conter o EI, precisa de uma vitória. O primeiro-ministro iraquiano, Heidar al-Abadi, precisa mostrar que o governo tem condições de restabelecer o controle sobre seu território.
Nos últimos dias, os EUA ajudaram os guerrilheiros curdos a retomar Sinjar, quebrando o eixo de ligação entre Rakka, na Síria, e Mossul, no Iraque, as duas cidades mais importantes em poder do EI. A terceira é Ramadi.
Sob intenso bombardeio da Rússia e da França, a liderança do EI estaria fugindo da Rakka, abandonando a capital do califado. Os bombardeios russos e americanos também visaram nos últimos dias os campos de petróleo e gás de onde o EI tira a maior parte de sua renda.
Enquanto bate em retirada em várias frentes no Oriente Médio, a milícia mostrou capacidade de aterrorizar Paris na sexta-feira, 13 de novembro de 2015. Mas o recurso ao terrorismo pode ser um sinal de fraqueza e desespero no momento em que o Estado Islâmico encolhe no Iraque e na Síria, onde já perdeu 25% de seu território.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
O EI nasceu no vácuo de poder tanto na Síria quanto no Iraque, bombardear-los apenas pode ter um efeito contrário em função da ira da população que lá vive, pois se vieram do vácuo bombas não os afetarão. sem um líder para fechar esta lacuna de poder; Assad, FSA, YPG, daesh, Al Nusra, PKK e tantos outros vão se atritar e continuar essa matança. parece ser uma coisa sem solução.
É preciso acabar com a guerra civil na Síria e negar o território que leva o EI a se apresentar como um Estado.
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