terça-feira, 3 de novembro de 2015

Explosão a bordo e não míssil derrubou avião russo, afirmam EUA

Uma onda de calor detectada por satélites americanos sensíveis aos raios infravermelhos indica que a explosão do Airbus 321 da companhia russa Metrojet na Península do Sinai, no Egito, há três dias não foi causada por um míssil, noticiou a rede de televisão americana NBC citando como fontes analistas de inteligência e defesa dos Estados Unidos. Todas as 224 pessoas a bordo morreram.

O calor indica que houve algum tipo de explosão a grande altitude. Pode ter sido uma bomba colocada no compartimento de bagagens ou a explosão de uma turbina, mas não houve um raio de calor deixado por um míssil antiaéreo disparado da terra, como alegaram extremistas muçulmanos da Província do Sinai do Estado Islâmico.

Jihadistas em ação no Norte do Sinai já usaram mísseis terra-ar portáteis para derrubar um helicóptero do Egito e atacar aviões de Israel. Mas o voo 9268, que ia da cidade turística de Charm el-Cheikh, no Mar Vermelho, para São Petersburgo, na Rússia, estava a uma altitude onde só seria atingido por sistemas de defesa antiaérea sofisticados que os terroristas aparentemente não têm.

O ditador egípcio, marechal Abdel Fattah al-Sissi, desconsiderou como propaganda a reivindicação de autoria do Estado Islâmico e observou que a verdadeira causa da tragédia talvez só seja conhecida daqui a meses.

Desde 30 de setembro, a Rússia intervém militarmente na guerra civil da Síria para sustentar a ditadura de Bachar Assad . O Kremlin aponta a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante como principal alvo, mas matou pelo menos duas vezes mais militantes de outros grupos armados rebeldes.

De qualquer jeito, alvos russos estão na mira do Estado Islâmico.

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