A Organização Mundial da Saúde, órgão das Nações Unidas, declarou hoje que Serra Leoa está livre da epidemia causada pelo vírus ebola, que provoca uma febre hemorrágica. Cerca de 4 mil pessoas morreram no país na epidemia, que atingiu outros países africanos, principalmente a Guiné e a Libéria, informa a televisão pública britânica BBC.
Há 42 dias, não há novos casos em Serra Leoa da doença que além de matar levou o país a uma depressão econômica, com queda de 23,5% no produto interno bruto. Um país é considerado livre do vírus quando não registra novos casos durante dois períodos consecutivos de 21 dias, o tempo de incubação da doença.
O alerta sobre a epidemia foi feito em dezembro de 2013 na Guiné. De setembro de 2014 a março de 2015, toda a população de Serra Leoa foi submetida a um confinamento para tentar conter a propagação do mal.
Quase 29 mil casos foram registrados e mais de 11,3 mil pessoas morreram na África na epidemia mais grave desde que o vírus ebola foi identificado, em 1976; 99% das mortes foram na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.
A Libéria foi declarada livre da doença em setembro. Na Guiné, houve dois novos em outubro; 382 pessoas estão em observação, entre as quais 141 são consideradas de alto risco.
Além do estigma psicológico e social e do sentimento de culpa por terem resistido quando tantos morreram, os sobreviventes enfrentam problemas de saúde.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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