sábado, 7 de novembro de 2015

Líderes da China e Taiwan se encontram pela primeira vez

Num encontro histórico e inédito, o dirigente supremo da China, Xi Jinping, e o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, se reuniram hoje em Cingapura. O regime comunista chinês considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas derrotados na revolução de 1949 fugiram para lá.

Não houve acordos nem declaração conjunta, mas o significado simbólico é enorme. Os líderes do Partido Comunista da China e do Kuomintang não se encontravam desde que Mao Tsé-tung esteve com Chiang Kai-shek em agosto de 1949, antes da queda de Beijim, em 1º de outubro daquele ano.

A República Popular da China adota uma política externa de que só existe uma China. Não mantém relações com os países que ainda hoje reconhecem Taiwan como a República da China.

Xi declarou que não se deve permitir que os que pregam a independência de Taiwan dividam o país. Estava se referindo ao Partido Democrático Progressista, favorito para a eleição presidencial taiwanesa de 16 de janeiro de 2016. Taiwan pediu mais espaço em organizações internacionais.

Ma está no final do segundo mandato. Elegeu-se e reelegeu-se com a política dos três nãos: não à independência, para não provocar uma intervenção militar chinesa; não à unificação, que acabaria com a soberania e a relativa independência de Taiwan; e não à guerra, resultado inevitável de uma declaração de independência, que a ilha não tem como ganhar.

De volta o governo desde 2008, o KMT foi acusado de fortalecer os laços econômicos com a China continental. Deve perder as próximas eleições.

Nenhum comentário: