terça-feira, 7 de outubro de 2014

Batalha de Kobane já matou mais de 400 pessoas

Mais de 400 pessoas foram mortas em três semanas na ofensiva da milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) contra a cidade curda de Kobane, no Norte da Síria, que os árabes chamam de Ain al-Arab, noticiou hoje a Agência France Presse (AFP). Há violentos combates nas ruas. Ontem, o EIIL hasteou sua bandeira para mostrar que domina parte da cidade.

A Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados estão bombardeando posições dos terroristas, mas não pode fazer isso dentro da área urbana para não atingir a população civil que pretende proteger. Os guerrilheiros curdos, os peshmergas, pediram ajuda à Turquia, que mobilizou tropas do outro lado da fronteira, mas não entrou em território sírio.

O Estado Islâmico invadiu a cidade pelo leste e agora ataca também pelo norte, sul e oeste. Uma derrota em Kobane obrigará o presidente Barack Obama a rever sua estratégia de não enviar forças terrestres. Uma possibilidade é que a Turquia faça a operação em terra.

Com medo que a guerra se alastre para seu território, a Turquia pediu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar dos EUA com a Europa, que faça um plano de defesa. A aliança, fundada em 1949 para se opor à União Soviética, tem como regra básica que "um ataque contra um é um ataques contra todos".

O comandante das operações militares dos EUA para combater o Estado Islâmico, general John Allen, e o subsecretário de Estado, embaixador Brett McGurk, estão viajando para a Turquia, onde se reúnem com oficiais turcos nos dias 9 e 10 de outubro de 2014.

Em entrevista a Christiane Amanpour, na rede de televisão americana CNN, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, repetiu o que já havia afirmado o presidente e ex-primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan: se a Turquia entrar na guerra terrestre, será para derrubar o ditador sírio, Bachar Assad, que responsabiliza pela guerra civil.

Quando o Parlamento da Turquia autorizou o Exército a realizar operações no exterior para combater o EIIL e outros grupos jihadistas, a Síria advertiu que qualquer ação em seu território será considerada uma agressão. O novo primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, também rejeitou a presença de forças turcas em território iraquiano.

Erdogan prometeu impedir a queda de Kobane, mas até agora o Exército da Turquia não cruzou a fronteira. Isso deflagrou uma onda de protestos dos curdos, que são 20% da população da Turquia. Houve confrontos com a polícia em várias cidades turcas. Pelo menos cinco manifestantes foram mortos em Diyarbaki, a maior cidade curda do Sul do país.

2 comentários:

Ana Deiro. disse...

SOS #Kobani
My city Kobani is under the fire of the terrorists. I strongly recommend you to share our story of suffering and misery in the city of ‪#‎Kobani‬ in northern Syria. The city is being attacked fiercely by the terrorists ISIS, commiting massacres within the Kurdish civilians and forcing more than 100,000 Kurds fleeing the tragic city. save #Kobani

Ana Deiro. disse...

Turquia e seu exército assistem sem se mover. VERGONHA1 Se Kobani cair vão se arrepender. SALVEM KOBANI!