O ex-governador de Jacarta Joko Widodo, de 53 anos, tomou posse hoje como sétimo presidente da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo e o quarto maior de todos em população, com 250 milhões de habitantes distribuídos em 6,6 mil ilhas que se estendem por 5 mil quilômetros do Oceano Índico ao Pacífico.
Primeiro presidente de fora da elite indonésia, Jokowi, como é conhecido popularmente, terá como desafio enfrentar a burocracia e reformar o mercado de trabalho para manter o crescimento na média de 6% ao ano. Em 2013, a expansão foi de 5,8% e há uma desaceleração em 2014.
No ano passado, a Indonésia superou a Índia, tornando-se a segunda economia que mais cresce no Grupo dos 20 (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia), atrás apenas da China. Beneficiando-se do "milagre econômico asiático", a Indonésia se industrializou nas últimas décadas.
Em 2012, a indústria respondeu por 46,4% do produto interno bruto da Indonésia, de US$ 895 bilhões, o 16º maior do mundo. Como tem custos baixos, pelo critério de paridade do poder de compra, sobe para o 9º lugar, com PIB estimado em US$ 2,389 trilhões. Em renda média por habitante, é o 101º mundo, com US$ 9.635 por ano pelo critério de PPP.
Um desequilíbrio grave é o subsídio aos combustíveis, que consome 20% do orçamento. Vem de um tempo em que a Indonésia era exportadora de petróleo. O país pertence à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Mas, com a queda na produção de 1,5 milhão de barris por dia no fim do século passado para 1 milhão de barris hoje e o aumento do consumo, o país se tornou importador.
Sem maioria no Congresso, Jokowi vai depender da reconciliação com o candidato derrotado, Prabowo Subianto, genro do falecido ditador Mohamed Suharto, que inicialmente entrou na Justiça para contestar o resultado das urnas. Num sinal de trégua, eles se encontraram na sexta-feira.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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