A economia dos Estados Unidos superou as expectativas e cresceu de julho a setembro num ritmo anual de 3,5%, anunciou hoje o Departamento do Comércio em sua primeira estimativa sobre o crescimento do produto interno bruto no terceiro trimestre de 2014. O mercado esperava 3%.
Os EUA crescem quase 12 vezes mais do que a taxa de 0,3% prevista para a economia brasileira em 2012. Depois de uma queda de 2,1% ao no primeiro trimestre do ano, atribuída ao inverno rigoroso, a economia americana deu um salto de 4,6% visto em parte como compensação pela contração no início do ano. O número divulgado hoje era esperado como um indicador mais preciso da situação.
"A tendência de crescimento está melhorando gradualmente, mas talvez menos do que sugere este número", observou o economista Jay Feldman, diretor de pesquisas sobre a economia dos EUA do banco Credit Suisse.
Esse crescimento foi atribuído ao aumento nos gastos públicos com defesa por causa da guerra contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante e de uma pequena redução no déficit comercial da maior economia do mundo, apesar das dificuldades em outras regiões, especialmente na Zona do Euro. A queda de 25% nos preços internacionais do petróleo desde junho ajudou a balança comercial e reduziu os custos para empresas e consumidores.
Duas dúvidas são se esse ritmo de crescimento é sustentável e se pode antecipar o início nas alta na taxa básica de juros.
Ontem, a Reserva Federal (Fed) encerrou o programa de compra de títulos para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e assim estimular a economia depois de seis anos em que injetou US$ 3,7 trilhões no mercado. O próximo passo para a normalização da política monetária e aumentar os juros.
A inflação ao consumidor está em 2,3% ao ano, informou o mesmo relatório. Como Fed persegue informalmente uma meta de inflação de 2%, a persistir esse índice de crescimento de preços, pode antecipar a primeira alta de juros desde dezembro de 2008, prevista para meados do próximo ano.
No momento, os três principais indicadores das Bolsas de Nova York estão em alta, embalados também pelo menor número de novos pedidos de seguro-desemprego em 11 anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário