Aviões de caça da Organização do Tratado do Atlântico Norte foram acionados ontem a anteontem para interceptar bombardeiros da Rússia sobre o Oceano Atlântico e o Mar Negro e caças no Mar Báltico. A movimentação da Força Aérea da Rússia foi considerada incomum neste momento de tensão por causa da intervenção militar russa na Ucrânia.
Ao todo, quatro esquadrões aéreos russos foram interceptados em 24 horas e a atividade aérea incomum continuava na tarde de ontem, informou a OTAN, citada pelo jornal inglês The Guardian.
Na maior manobra, quatro bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95, o equivalente aos bombardeiros B-52 dos Estados Unidos, sobrevoaram o Mar da Noruega na madrugada de quarta-feira, 29 de outubro de 2014, acompanhados por quatro aviões de reabastecimento aéreo.
Um grupo de caças F-16 da Noruega seguiu os bombardeiros até que a formação se desmancou. Seis aviões voltaram para a Rússia. Dois Tupolevs seguiram para o sul, onde foram interceptados por caças Typhoon, da Força Aérea Real britânica. F-16s de Portugal acompanharam os aviões russos até o Oceano Atlântico, antes que voltassem para casa.
"Vemos aviões russos no nosso espaço aéreo regulamente. O que é incomum é o grande número de aeronaves e terem ido muito mais ao sul do que costumam ir", comentou um porta-voz militar norueguês.
Em outros incidentes, dois Tupolevs Tu-95 e dois caças foram interceptados por caças da Turquia ontem no Mar Negro e sete aviões russos foram monitorados no Mar Báltico.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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