Depois de um dia de revolta em que a sede do Parlamento foi incendiada e os militares dissolveram o governo e a Assembleia Nacional de Burkina Fasso, um país da África Ocidental, o presidente Blaise Compaoré renunciou ao cargo oficialmente hoje.
O comandante das Forças Armadas, general Nabéré Honoré Traoré, prometeu formar um governo provisório para devolver o poder aos civis em no máximo 12 meses.
Compaoré, no poder desde um sangrento golpe de Estado em que o então presidente foi morto, em 1987, era o principal aliado dos Estados Unidos e da França na luta contra extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda na região do Sahel, ao sul do Deserto do Saara.
Sua queda foi provocada por uma revolta popular contra uma proposta de emenda constitucional para autorizar Compaoré a concorrer a um quinto mandato. A multidão festejou hoje nas ruas da capital, Uagadugu. Agora, há uma expectativa de que a revolta inspire outros países africanos onde os presidentes se negam a deixar o cargo.
Burkina Fasso é um dos países mais pobres do mundo, o 181º no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que prometeram enviar uma força de paz em conjunto com a União Africana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Presidente de Burkina Fasso renuncia
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