Os uruguaios voltam às urnas em 30 de novembro, no segundo turno da eleição presidencial, para escolher entre o candidato da governista Frente Ampla, o ex-presidente Tabaré Vázquez, e Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (Blanco).
De acordo com as pesquisas de boca de urna, Vázquez teve 45% dos votos contra 32% para Lacalle, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle, e 13% para Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, filho do ex-presidente Juan María Bordaberry. Com essa divisão de votos, nenhum partido conseguiu maioria no Congresso.
Como blancos e colorados, antes inimigos históricos, hoje são de centro-direita, enquanto a Frente Ampla é uma aliança de centro-esquerda, é provável que Bordaberry apoie Pou no segundo turno. Para Vázquez, isso ressuscita o fantasma de 1999, quando ele venceu o primeiro turno, mas perdeu para o colorado Jorge Batlle no segundo turno.
Muito popular por seu estilo despojado, o atual presidente José Mujica, um ex-guerrilheiro tupamaro, foi eleito senador. A Constituição do Uruguai proíbe mandatos consecutivos numa tentativa de evitar o caudilhismo que ensanguentou o país no século 19.
Num país que já foi chamado de Suíça sul-americana, acostumado a decidir questões polêmicas em plebiscitos, o tema desta vez era a redução da maioria penal de 18 para 16 anos para combater o aumento da criminalidade. De acordo com a boca de urna, perdeu por 52% a 48%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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