A economia da China avançou no terceiro trimestre de 2014 num ritmo de 7,3% ao ano, um pouco abaixo dos 7,5% do segundo trimestre, anunciaram hoje em Beijim as autoridades econômicas do país. É o menor índice de crescimento chinês desde o auge da crise financeira internacional, em 2009, mas é a inveja de todas as outras grandes economias.
Alguns analistas apontam contradições. A inflação, de 1,6% ao ano, é a menor em quase cinco anos, trazendo o fantasma da deflação. A venda de casas novas está diminuindo. Os preços dos produtos primários estão caindo. O investimento estrangeiro está se retraindo.
"O problema, a questão central que estamos encarando no momento é 'qual o verdadeiro estado da economia?'", observa Louis Kuijs, economista sênior do banco britânico Royal Bank of Scotland em Hong Kong, citado pelo jornal The New York Times. "É complicado porque as forças negativas aparecem com força na indústria, mas não no setor de serviços.
Em parte, a desaceleração está nos planos do regime comunista chinês de reduzir a dependência no crescimento baseado em crédito barato para mudar o foco da segunda maior economia do mundo, em vias de se tornar a primeira pelo critério de paridade do poder de compra, para o consumo.
No mês passado, o primeiro-ministro Li Keqiang orgulhou-se durante encontro do Fórum Econômico Mundial ao dizer que a China criou 10 milhões de empregos urbanos nos primeiros oito meses de 2014. Por isso, acrescentou, ele não preocuparia se o crescimento não atingir a meta de 7,5% prevista para este ano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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