sexta-feira, 31 de julho de 2020

Casos assintomáticos são maior obstáculo no combate à pandemia

A Agência de Saúde Pública da França adverte que o maior problema para enfrentar a pandemia do novo coronavírus de 2019 é que a maior parte dos casos identificados nas últimas semanas é assintomática. 

Na semana de 20 a 26 de julho, 51% dos casos positivos foram diagnosticados em pessoas sem sintomas. Duas semanas antes, eram 55%. Ao todo, a agência concluiu que 65% casos são assintomáticos, especialmente na faixa de 15 a 44 anos.

 Sob o impacto da pandemia do coronavírus de 2019, os principais países da Zona do Euro anunciaram fortes quedas no produto interno bruto do segundo trimestre. É a pior recessão da história da União Europeia e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com queda de 12,1% no segundo trimestre depois de um declínio de 3,6% no primeiro.

O total de casos confirmados no mundo passou de 17 milhões e meio, com quase 680 mil mortes e mais de 11 milhões de pessoas curados. 

Com mais de mil mortes pelo quarto dia seguido, os Estados Unidos ultrapassaram 4 milhões e meio de casos confirmados e 155 mil mortes. Para explicar esta tragédia americana, o principal epidemiologista do país, Dr. Anthony Fauci, declarou que o confinamento chegou no máximo a 50%, enquanto em alguns países da Europa foi a 95%.


O Brasil registrou mais 1.191 mortes e 52.509 casos novos em 24 horas, somando 92.568 mortes e mais de 2,666 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.026.


O governo Donald Trump já fez acordos de US$ 8 bilhões,  para garantir o fornecimento de vacinas assim que foram aprovadas. A oposição democrata acusa o governo de ter gasto 500 milhões de dólares, 2 bilhões 608 milhões de reais, a mais por ventiladores por incompetência nas negociações. que morreu de covid-19 pega no trabalho.

Se um país pobre da África como Ruanda conseguiu controlar a pandemia, quase todo o mundo pode. Com uma população de 12,5 milhões de habitantes, Ruanda tem cerca de 2 mil casos e apenas cinco mortes. Em comparação, a região de Paris, a capital da França, tem a mesma população e pelo menos 7.500 mortos.

Quarta maior economia do mundo e primeira da Europa, a Alemanha registrou baixa de 10,1% no PIB do segundo trimestre. As exportações da Volkswagen recuaram 27% no primeiro semestre. 

Sétima economia do mundo e terceira da Europa, a França encolheu 13,8% no segundo trimestre. Foi a pior queda depois da Segunda Guerra Mundial. As exportações baixaram 25,5% e as vendas no varejo, 11%. O desemprego deve chegar 11,8% no primeiro semestre de 2021.

Na Itália, oitava economia mundial e quarta da Europa, a contração foi de 12,4% no segundo trimestre e de 17,3% em 12 meses. Foi o pior resultado em 25 anos, mas um pouco melhor do que previam os economistas.

A pior queda foi da quarta maior economia da Eurozona, com perda de 18,5%. A Espanha foi pior do que esperavam os analistas, depois de um recuo de 5,2% no primeiro trimestre, anulando os ganhos dos últimos seis anos, desde que o país saiu da Grande Recessão. O PIB caiu ao nível de 2002. Só a agricultura cresceu.

As empresas americanas enfrentam a primeira onda de ações judiciais pedindo indenizações pela morte de funcionários. Meu comenário:

Hong Kong adia eleições usando covid-19 como desculpa

Com a doença do coronavírus de 2019 como desculpa, o governo regional de Hong Kong, subserviente ao regime comunista da China, anunciou hoje o adiamento por um ano das eleições legislativas marcadas para 6 de setembro. A nova data é 5 de setembro de 2021.

Numa ofensiva contra o movimento pela democracia e a onda de manifestações que varreu o território, o Congresso Nacional do Povo da China aprovou em 30 de junho uma Lei de Segurança Nacional draconiana.

Na prática, o governo central de Beijim rompeu o compromisso de manter o regime liberal por pelo menos 50 anos, assumido com o Reino Unido em 1984, quando a China negociou a devolução da colônia britânica em 1997.

O governo vetou ontem 12 candidaturas de oposição ao Conselho Legislativo, inclusive de Joshua Wong, líder do Movimento dos Guarda-Chuvas, em 2014. Vários livros críticos ao regime comunista chinês estão sendo retirados de escolas e livrarias.

A ditadura do Partido Comunista chinês se abate sobre o território. A governadora Carrie Lam afirma que as medidas tomadas com base na Lei de Segurança Nacional visam a garantir a estabilidade e os direitos da maioria, discurso típico de regimes autoritários.

No ano passado, os candidatos ligados à China sofreram uma derrota esmagadora nas eleições municipais de Hong Kong.

PIB dos EUA cai 9,5% e Trump fala em adiar eleições

Diante de uma queda recorde de 9,5% produto interno bruto dos Estados Unidos no segundo trimestre, o presidente Donald Trump defendeu nesta quinta-feira o adiamento das eleições de 3 de novembro, alegando que a votação pelo correio pode levar a uma fraude maciça. 

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, afastou qualquer possibilidade de adiamento, lembrando que os Estados Unidos enfrentaram uma Guerra Civil e duas guerras mundiais sem alterar o calendário eleitoral. Pela Constituição americana, só o Congresso pode fazer isso. Trump busca desculpas para rejeitar o resultado das urnas.

Os EUA têm hoje mais de 4 milhões e meio de casos confirmados e 155 mil mortes. Até novembro, devem ser 230 mil mortes. Os casos novos voltaram a passar de 70 mil. O contágio está em alta em 30 dos 50 estados americanos. Nos últimos quatro dias, o total de mortes passou de mil. A média diária dos últimos sete dias está em mil e 56. A Flórida teve um recorde de 256 mortes num dia, o terceiro em 3 dias.

O mundo se aproxima de 17,5 milhões de casos, com mais de 676 mil mortes e quase 11 milhões de pacientes recuperados. No Brasil, nesta quinta-feira, foram notificados mais 58.271 casos e 1.189 mortes, elevando o total para 91.377 óbitos e 2,613 milhão de casos.

A média diária de mortes nos últimos sete dias ficou em mil e 24. A média de casos novos no país subiu 21% em duas semanas. Há três meses, a taxa de transmissão está acima de 1.

O México superou o Reino Unido e se tornou o terceiro país com o maior número de mortes pela pandemia, 46 mil em pouco mais de 416 mil casos.

No Oriente Médio, as autoridades temem um aumento do contágio durante a Festa do Sacrifício, em árabe, Eid al-Adha, que começou na noite da quinta-feira e vai até a segunda-feira, 3 de agosto.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, o FMI, Kristalina Georgieva pediu a manutenção dos programas de sustentação da economia.

Com a maior queda econômica trimestral da história, os EUA entraram oficialmente em recessão. A maior economia do mundo crescia desde o terceiro trimestre de 2009, quando superou a crise deflagrada pelo colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, em setembro de 2008. 

Durante a Grande Recessão, o PIB americano perdeu 4%. Agora, foram 9,5% no segundo trimestre, anulando o crescimento dos últimos cinco anos.

Com forte queda nas exportações, a Alemanha, quarta maior economia do mundo e primeira da Europa, registrou baixa de 10,1 por cento no PIB do segundo trimestre. Já a França, sétima maior economia do mundo e terceira da Europa, encolheu 13,8 por cento no segundo trimestre, a pior queda depois da Segunda Guerra Mundial. Meu comentário:

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Brasil ultrapassa 90 mil mortes e 2,5 milhões de casos da covid-19

Com 1.554 mortes e 70 mil 869 casos registrados em 24 horas, o Brasil ultrapassa a 90 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019 e 2,555 milhões de infectados. A média diária de mortes nos últimos sete dias está em 1.043. Seis estados têm alta no número de mortos, 11 estão estáveis e há baixa em nove estados.

No mundo inteiro, são mais de 17 milhões de casos, com 670 mil mortes e mais de 10,7 milhões pacientes recuperados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 6%.

Os Estados Unidos registraram 10 mil mortes em 11 dias pra chegar a 150 mil óbitos. Hoje, foram mais 66.411 casos e 1.417 mortes. O total subiu para mais de 4,5 milhões de casos e mais de 153 mil mortes. O deputado federal do Texas Louie Gohmert, contrário ao uso de máscara, pegou o coronavírus e atribuiu a doença à máscara.

A Federação Nacional dos Professores dos Estados Unidos autorizou os sindicatos da categoria a fazer greves de protestos contra a falta de segurança na reabertura das escolas em meio à pandemia.

Na Europa, a Espanha registrou 1.153 casos novos em 24 horas, o maior número desde 1º de maio. A França teve 1.392 casos novos num dia, o maior número desde 26 de junho.

As Nações Unidas defendem uma renda básica universal para evitar que os 3 bilhões de pobres do mundo sejam obrigados a sair de casa para trabalhar todos os dias, acelerando a circulação do novo coronavírus.

Por causa do aumento no contágio, o presidente do Conselho da Reserva Federal, o banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, observou que a recuperação econômica perde força porque os consumidores estão receosos e as empresas, especialmente as pequenas, estão readmitindo menos trabalhadores licenciados.

A produção de automóveis no Reino Unido caiu 42 por cento no primeiro semestre do ano ao nível de 1954.

O grupo sanguíneo O é o mais protegido contra a covid-19, de acordo com o Dr. Carlos von Mühlen, professor da Universidade de São Diego, na Califórnia. A asma não é considerada fator de risco para agravar a covid-19. Meu comentário:

China retalia com moderação na Guerra dos Consulados

Consulado dos EUA em Chengdu será fechado como o chinês em Houston

Em represália pelo encerramento das atividades do consulado chinês em Houston, no Texas, a China mandou fechar na sexta-feira, 24 de julho, o consulado dos Estados Unidos em Chengdu, capital da província de Sichuã. Foi uma retaliação moderada no momento em que o país mais poderoso do mundo e a superpotência em ascensão estão à beira de uma nova guerra fria.

Leia mais em QuarentenaNews.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Mortes ficam estáveis mas contágio cresce em 14 estados

O número de mortes pela pandemia do novo coronavírus tem ficado estável no Brasil, mas o contágio está em alta em 14 estados e no Distrito Federal.

Com mais 897 mortes e 38.252 casos novos registrados nesta terça-feira, o total de mortes subiu para 88.634 e o de casos confirmados para quase 2,5 milhões, número a ser atingido nesta quarta-feira. A média de mortes nos últimos sete dias está em 1.005.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados se aproxima de 17 milhões, com mais de 660 mil mortes e mais de 10,4 milhões de pacientes recuperados. 

Os Estados Unidos estão perto de 4 milhões e meio de casos confirmados e mais de 150 mil mortes. A situação melhorou na Califórnia, no Texas e na Flórida, os estados mais populosos do país, e no Arizona, mas o contágio aumenta em 22 dos 50 estados americanos.

A Índia se aproxima de um milhão e meio de casos, depois de identificar 500 mil casos novos em 15 dias. O total de mortes na Índia é de pouco mais de 34 mil.

A Europa teme uma segunda onda de contaminação. Na Alemanha, um dos modelos no combate à covid-19, houve mais de 3 mil casos novos em uma semana, principalmente no estado da Baviera. O governo alemão desaconselhou viagens a três regiões da Espanha: Aragão, Catalunha e Navarra. 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, advertiu a população a respeitar as regras de distanciamento para evitar uma segunda onda.

A África do Sul, quinto país com o maior número de casos no mundo e o maior número de mortes na África, estima em dois anos o prazo para recuperação econômica da pandemia, que deve atingir o pico em agosto.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adverte que 10 mil crianças morrem de fome por dia por causa da pandemia. Meu comentário:

Mundo vive nova era de instabilidade estratégica e nuclear

Risco de guerra nuclear é o maior desde o fim da Guerra Fria

As hostilidades entre os Estados Unidos e a China aumentam enquanto caducam os tratados de desarmamento e controle de armas que puseram fim à confrontação estratégica entre os EUA e a União Soviética, que estruturou as relações internacionais na segunda metade do século 20.

Leia mais em Quarentena News.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Panorama da BBC revela como China tentou esconder o coronavírus

A República Popular da China subestimou a importância do coronavírus e tentou esconder a má notícia por pelo menos três semanas decisivas para a pandemia que poderiam ter poupado centenas de milhares de vidas, acusou nesta segunda-feira o documentário Panorama da televisão pública britânica BBC. 

Hoje o regime comunista chinês tenta reescrever a história e promete distribuir vacinas sem cobrar royalties, mas os custos humanos e econômicos são enormes. Poderiam ter sido substancialmente reduzidos e centenas de milhares de vidas poupadas no mundo inteiro.

Desde janeiro, agentes do regime destroem provas e impõe o silêncio a médicos e cientistas para acobertar os erros da ditadura militar chinesa. Agora, a ditadura de Xi Jinping alega ter sido “aberta, transparente e responsável”.

No mundo inteiro, já são mais de 16,644 milhões de casos confirmados, mais de 655 mil mortes e mais de 10,2 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados se mantém em 6%. 

Os Estados Unidos lideram com mais de 4,433 milhões de casos confirmados, mais de 150 mil mortes e mais de 2,1 milhões de casos de cura.

Nos últimos 14 dias, houve aumento de 13% no número de casos confirmados e de 27% no número de mortes. Depois da Califórnia, a Flórida passou o estado de Nova York em número de casos. O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Robert O’Brian, pegou o novo coronavírus.

No Brasil, foram notificadas mais 685 mortes e 26.496 casos novos em 24 horas, somando um total de 87.737 e mais de 2,446 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes nos últimos baixou para 1.061.

A Europa enfrenta uma segunda onda de contaminação. A África ultrapassou 864 mil casos, mais de metade na África do Sul, e 18 mil mortes, mais de um terço na África do Sul.

Mais uma vacina, a sexta, da empresa Moderna e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, entrou na terceira e última fase de testes, com seres humanos em grande escala. Mas o nacionalismo ameaça prejudicar os países mais pobres. Meu comentário:

domingo, 26 de julho de 2020

Brasil chega a 87 mil mortes e 2,4 milhões de casos covid-19

O Brasil registrou neste domingo mais 556 mortes e 23.647 casos da doença do coronavírus de 2019, elevando o total para 87.052 mortes, 1.634.274 pessoas curadas e 2.419.901 casos confirmados da pandemia, informou um consórcio de empresas jornalísticas. A média de mortes dos últimos sete dias caiu para 1.074.

Mais de 50 entidades e sindicatos, representantes de mais de um milhão de trabalhadores da saúde, apresentaram queixa-crime ao Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda, acusando o presidente Jair Bolsonaro por crimes contra a humanidade e genocídio.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 16.418.867, com 652.256 mortes e 10.047.304 doentes curados. Os Estados Unidos são o país mais atingido, com 4.371.839 casos confirmados, 149.849 mortes e 2.090.129 pacientes recuperados.

A Coreia do Norte declarou estado de emergência na fronteira sul, num sinal de que a pandemia penetrou no país mais fechado no mundo.

O Partido Republicano deve apresentar nesta segunda-feira um novo pacote de estímulo de US$ 1 trilhão, inclusive pagamentos diretos de US$ 1,2 mil por pessoa com renda de menos de US$ 100 mil por ano.

Um gráfico do jornal Financial Times indica que na Suécia, onde não houve confinamento, depois de uma queda, o consumo pessoal aumentou 2%. Hoje está em baixa de 4% na Alemanha, 7% na França, 8% na Itália, 12% no Japão, 15% nos EUA, 19% na Espanha, 35% no Reino Unido, 38% no Brasil e 61% na Índia em relação ao período pré-crise, depois de quedas de 62% por cento na Alemanha, 88% na França, 89% na Itália, 38% no Japão, 46% nos EUA, 92% na Espanha, 78% no Reino Undo, 69% no Brasil e 86% na Índia.

O consumo pessoal é o maior responsável pelo produto interno bruto desses países.

O turismo foi um dos setores mais abalado. Deve cair de 58% a 78%. Um novo surto na Espanha está alarmando os europeus. O primeiro-ministro da França, Jean Castex, aconselhou os franceses a evitar a costa da Catalunha, enquanto a ministra do Turismo espanhola afirma que o país é seguro, mas não são apenas casos isolados. O Reino Unido impôs 14 dias de quarentena a quem chegar da Espanha.

sábado, 25 de julho de 2020

Brasil tem média diária recorde de 1.097 mortes na semana

Com mais 1.111 mortes e 48.234 casos computados neste sábado por um consórcio de empresas jornalísticas, o Brasil soma 2.396.434 casos confirmados e 86.496 óbitos pela doença do coronavírus de 2019. A média de mortes dos últimos sete dias é a maior desde o início da pandemia: 1.097.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 16.202.385, com mais de 9,9 milhões de pacientes curados e 648.455 mortes. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 6%.

Os Estados Unidos são o país mais afetado, com 4.315.709 casos confirmados e 149.398 mortes. Pelo segundo dia seguido, registraram mais de 70 mil novas infecções. A situação é mais grave na Califórnia, no Texas e na Flórida, os maiores estados americanos.

Terceiro país em número de casos, a Índia relatou quase 100 mil casos novos em dois dias, elevando o total para 1.385.494. Em número de mortes, é o sexto, com 32.096, atrás de EUA, Brasil, Reino Unido (45.738), México (43.374) e Itália (35.102).

Em mortes por habitante, excluindo micropaíses como São Marinho e Andorra, a Bélgica tem a maior taxa de mortalidade, seguida por Reino Unido, Espanha, Itália, Suécia, Peru, Chile, França, EUA e Brasil, em décimo lugar.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Pandemia bate recorde com 284 mil casos novos num dia

Com um novo recorde de 284 mil casos num dia, o total de casos confirmados na pandemia do coronavírus de 2019 se aproxima de 16 milhões, número que deve ser atingido neste fim de semana. O total de mortes passa de 640 mil, com mais de 9,7 milhões de pacientes recuperados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 6%.

Pelo quarto dia seguido, os Estados Unidos registraram mais de 1.110 mortes e mais de 70 mil casos novos em 24 horas. O total de casos ronda os 4,2 mil, com mais de 148 mil mortes.

No esforço do presidente Donald Trump para dar uma aparência de normalidade a uma situação trágica e caótica, o Departamento da Saúde adotou novas diretrizes para a reabertura das escolas no outono afrouxando as exigências propostas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Os prefeitos de algumas grandes cidades, como Nova York, Los Angeles e Atlanta, descartaram o reinício das aulas presenciais. Por enquanto, vão manter o ensino à distância. A maioria dos pais e professores prefere adiar a volta às aulas. Nenhum país retomou as aulas com os índices atuais de infecções nos EUA.

No Brasil, só cinco estados apresentam queda no número de mortes. Em nove, o número de mortes por dia está subindo. Nesta sexta-feira, foram notificadas 1.178 mortes e 58.249 casos novos, elevando o total para 85.385 óbitos e 2,348 milhões de casos confirmados. Os pacientes recuperados são quase 1,6 milhão. A média de morte nos últimos sete dias ficou em 1.065.

Na Bolívia, as pessoas estão usando cloro para desinfectar piscinas com sérios prejuízos para a saúde. No Peru, o governo comprou ivermectina, um medicamento contra vermes também usado no Brasil que não apresenta nenhum resultado positivo no combate à covid-19. A Venezuela está aplicando interferon alfa-2B, usado contra doenças virais e cânceres, que também é ineficaz contra o coronavírus.

O sucesso de Cuba no combate à pandemia deu novo ímpeto ao envio de médicos e enfermeiros ao exterior. Há hoje uns 30 mil profissionais de saúde cubanos no exterior. Cerca de 3 mil e 600 atuam no combate à covid-19 em 35 países. Meu comentário:

EUA, Brasil e Índia concentram quase metade dos casos da pandemia

A pandemia do coronavírus de 2019 se acelera, especialmente nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia. No mundo inteiro, são mais de 15,5 milhões de casos, com mais de 636 mil mortes e 9,5 milhões de pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 6%.

Os Estados Unidos somam mais de 4,1 milhões de casos confirmados e mais de 146 mil mortes. Foram necessários 99 dias para chegar ao primeiro milhão e 15 dias para o quarto milhão, atingido na quinta-feira. 

O presidente Donald Trump atribuiu o aumento do contágio às manifestações antirracistas, cancelou a convenção nacional do Partido Republicano que confirma sua candidatura à reeleição e voltou a defender reabertura das escolas.

O Brasil teve 1.317 mortes e 58 mil casos novos em 24 horas. O total subiu para 84.209 mortes e quase 2,29 milhões de casos confirmados. A média diária de mortes nos últimos sete dias foi de 1.055.

Na Índia, a contaminação sofreu uma alta de 23% em uma semana, mais do que os 11% dos Estados Unidos e os 12% do Brasil. O segundo maior país do mundo em população, com 1,38 bilhão de habitantes, registrou 1.129 mortes e 45.720 casos novos na quarta-feira, elevando o total para 1,239 milhão de casos confirmados e cerca de 30 mil mortes. Meu comentário:

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Brasil tem 65 mil casos novos e pandemia está fora de controle

O Imperial College de Londres adverte que a doença do coronavírus de 2019 está fora de controle no Brasil. Com um recorde de 65.339 casos novos e 1.293 mortes em 24 horas, a contaminação bate novo recorde. São quase 2,232 milhões de casos confirmados e 82.890 mortes. 

A taxa de contágio é maior em Minas Gerais e nas regiões Sul e Centro-Oeste. O estado de São Paulo, que tem o maior número de casos e de mortes registrou um recorde de 16.777 infecções num dia.

No mundo inteiro, são 15,39 milhões de casos, mais de 630 mil mortes e 9,367 milhões de pacientes curados.

Os Estados Unidos devem somar mais 1 milhão de casos em duas semanas e registraram hoje 1.127 mortes. Têm agora quase 4,1 milhão de casos confirmados e mais de 146 mil mortes. A Califórnia tem novo recorde de 12.807 casos novos num dia.

A Espanha tem 224 surtos ativos da pandemia. A região da Catalunha, no Nordeste da Espanha, registrou mais 721 casos da covid-19 nesta quarta-feira, quase três quartos em Barcelona. O outro surto é na região agrícola de Segriá, com capital em Lleida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o aumento da contaminação no Sudeste da Europa. A Romênia teve um recorde de 1.030 casos novos em 24 horas, somando mais de 40 mil casos e 2.010 mortes.

Os EUA prometem quase US$ 2 bilhões, quase R$ 10 bilhões, ao laboratório Pfizer e à empresa alemã de biotecnologia CureVac para comprar 600 milhões de doses de uma vacina em desenvolvimento. As primeiras 100 milhões de doses seriam entregues ainda neste ano.

Na sua coluna no jornal britânico Financial Times, Philip Stephens argumenta que a pandemia oferece uma oportunidade para reconstruir a fé na democracia liberal. O custo humano, econômico e social é enorme. O preço será pago em longo prazo.

Os neopopulistas que surfaram na onda da Grande Recessão de 2008 estão prontos para fortalecer o autoritarismo. Mas o fracasso de líderes como Donald Trump, Boris Johnson, Narendra Modi e Jair Bolsonaro e o sucesso de regime democráticos, vários deles em países liderados por mulheres que apostaram na ciência e a razão lançam as bases para o resgage da democracia liberal um novo contrato social. Meu comentário:

terça-feira, 21 de julho de 2020

Pandemia chega a 15 milhões de casos confirmados no mundo

O total de casos confirmados no mundo passa de 15 milhões, com mais de 611 mil mortes e mais de 9,11 milhões de pacientes curados. Um novo estudo divulgado na Holanda afirma que, se 90% da população usassem máscaras, higienizassem as mãos e mantivessem a distância mínima de 2 metros, a pandemia seria controlada antes do surgimento de vacinas.

Em queda nas pesquisas, o presidente Donald Trump muda de tom. Depois de três meses, o presidente americano volta a dar uma entrevista coletiva sobre a pandemia do novo coronavírus e reconhece que a situação "vai piorar antes de melhorar.

Os Estados Unidos têm hoje mais de 4 milhões de casos confirmados e quase 145 mil mortes. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) admite que o verdadeiro número de casos pode ser de 2 a 13 vezes maior, o que daria mais de 52 milhões. O total de mortes num dia passou de mil, o que não acontecia desde 29 de maio, com a exceção de dois dias em junho.

No Brasil, com mais 1.346 mortes e quase 45 mil casos novos em 24 horas, o total chega a 81.597 óbitos e 2,166 milhões de casos confirmados. A média de mortes nos últimos sete dias ficou em 1.048.


Na Índia, terceiro país com o terceiro maior número de casos confirmados, 1,194 milhão, um estudo feito na capital, Nova Déli, pelo Centro Nacional de Controle de Doenças indica que 23,48% da população da cidade foram infectados.

Que país sairá ganhando da pandemia? No jornal The New York Times, o economista Ruchir Sharma, grande crítico do Brasil, aposta na Alemanha. A primeira-ministra Angela Merkel agiu rápida e decididamente para testar em massa e isolar contaminados e quem teve contato com eles. A popularidade de Merkel subiu de 40% para 70%, marginalizando extremistas de direita e de esquerda. Meu comentário:

Mulheres poderosas derrotam covid-19 e machões fracassam

O machismo ordinário perde a batalha do coronavírus
Enquanto presidentes machistas, autoritários e ignorantes como Donald Trump, nos Estados Unidos; Jair Bolsonaro, no Brasil; Narendra Modi, na Índia; e Rodrigo Duterte, nas Filipinas; fracassam no combate à doença do coronavírus de 2019, alguns dos governos mais bem-sucedidos na luta contra a covid-19 são liderados por mulheres.

São os casos de Jacinda Ardern, a governante mais bem avaliada da história da Nova Zelândia; da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que acaba de assumir por seis meses a presidência rotativa da União Europeia; das primeiras-ministras Mette Frederiksen, da Dinamarca; Sanna Marin, da Finlândia; Katrín Jakobsdóttir, da Islândia; Erna Solberg, da Noruega; e da presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen.

Não é uma questão de sexo. São países com altos índices de desenvolvimento humano e grande participação social das mulheres. Líderes qualificadas, inteligentes e sensíveis, adotaram a ciência, a razão, a valorização da vida, a coordenação com governos regionais e locais, e a comunicação direta e transparente como base da luta contra a pandemia.

Em vez de gurus, confidentes e líderes religiosos, recorreram a especialistas. Em vez da mentira e da manipulação das notícias falsas, de querer ganhar grito e na marra como eles fizeram em suas campanhas eleitorais, elas optaram pela cooperação, a empatia e o respeito.

Como observou o cientista político americano Francis Fukuyama o sucesso na luta contra a pandemia depende da confiança da sociedade no governo e na ciência. A desinformação é a receita para o fracasso.

A maioria delas governa regimes parlamentaristas com instituições fortes baseados em ampla participação popular, colaboração e formação de coalizões. Jacinda Ardern, de 39 anos, foi a segunda mulher a dar à luz no exercício do poder. Levou a filha de colo para a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Seu estilo de governar é um misto de empatia, cuidado, afeição e comunicação direta. A Nova Zelândia teve 1.549 casos e 22 mortes. Não achatou a curva. Esmagou a curva. Ardern dava entrevistas coletivas todos os dias. Começava pedindo desculpas às famílias dos mortos.

Um líder religioso a acusou de criar um “Estado-babá” como uma “supermãe”. Isto não a impediu de convocar o Exército para impor a quarentena quando duas mulheres chegaram do Reino Unido e não respeitaram a ordem de ficar isoladas durante duas semanas.

Angela Merkel não tem filhos, mas é conhecida como mutti (mamãe) pelo povo alemão. PhD em química quântica, foi pessoalmente para o microscópio estudar o novo coronavírus. A Alemanha, um país de 83 milhões de habitantes, teve quase 202 mil casos de covid-19 e pouco mais de 9 mil mortes.

Como líder da UE, caberá a Merkel coordenar o plano de recuperação de 750 bilhões de euros discutido a partir desta sexta-feira pelos líderes do bloco europeu, vencendo a resistência dos países ricos que relutam em dar ajuda direta aos mais afetados pela pandemia, Itália e Espanha.

Tsai também é doutora. O coronavírus chegou da China em 21 de janeiro, com uma professora que dava aula em Wuhan, berço da pandemia. O país tomou medidas imediatamente, com quarentena dos infectados, rastreamento de quem teve contato com eles e ampla distribuição de máscaras.

Taiwan tinha a experiência da epidemia da síndrome respiratória aguda grave (SARS) de 2003 e temia a interferência da República Popular da China, que a considera uma província rebelde.

Quem chegava de viagem ficava isolado por duas semanas com ajuda do governo, comida entregue na porta e contato diário por telefone com um representante do governo local para saber se estava tudo bem e agradecer pela colaboração. Com 23,8 milhões de habitantes, Taiwan teve 452 casos e apenas sete mortes.

Única líder conservadora no poder na Escandinávia, Erna Solberg é a Dama de Ferro, a Margaret Thatcher norueguesa. O país de 5,4 milhões de habitantes teve 9.015 casos e 254 mortes. O sucesso é atribuído ao grande número de testes, mais de 72 mil para cada milhão de habitantes.

A Dinamarca da social-democrata Mette Frederiksen testou mais ainda 1,29 milhão de seus 5,8 milhões de habitantes. Teve pouco mais de 13 mil casos e 610 mortes. Foi um dos primeiros países europeus a impor um confinamento rigoroso, quatro dias depois da Itália.

Todas as pessoas contaminadas e quem teve contato com elas ficaram duas semanas em quarentena em contato diário com profissionais de saúde. Um mês e dois dias depois, começou a reabertura. Frederiksen, de 42 anos, foi a mais jovem chefe de governo e a segunda mulher a governar a Dinamarca.

Com 34 anos, a primeira-ministra social-democrata da Finlândia, Sana Martin, é a segunda mais jovem líder nacional do mundo, atrás apenas do primeiro-ministro conservador da Áustria, Sebastian Kurz. O país, de 5,5 milhões de habitantes, registra 7.293 casos e 328 mortes.

Seu governo suspendeu as aulas, mas não nas escolas primárias, fechou a maioria dos prédios públicos, proibiu encontros de pessoas e fechou as fronteiras durante pouco menos de dois meses.

A Islândia da primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir é uma pequena ilha situada no topo da Cordilheira Interoceânica. Sua estratégia de combate à covid-19 foi testar em massa. Mais de 31% dos seus 341 mil habitantes foram examinados. Foram proibidas reuniões de mais de 20 pessoas, mas não houve confinamento. O país registra 1.914 casos e 10 mortes.

Katrín, de 44 anos, do partido Esquerda Verde, foi a segunda mulher a governar a Islândia. É presidente do Conselho Mundial de Mulheres Líderes.

(publicado originalmente em Quarentena News, no Facebook)

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Vacinas Inglaterra e da China apresentam resultados promissores

As vacinas contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e o laboratório AstraZeneca, e a da companhia chinesa CanSino apresentaram resultados positivos relatados nesta segunda-feira na revista médica The Lancet. 

A empresa de biotecnologia americana Moderna também obteve boa resposta com uma vacina testada em 45 pessoas. Agora, as duas últimas vão passar à chamada fase 3, onde a vacina de Oxford já está, de testes em grande escala. A vacina de Oxford está sendo aplicada em mais de 10 mil pessoas, inclusive no Brasil. 

Ao todo, há pelo menos 163 vacinas em desenvolvimento, 23 na fase de testes em humanos. Quando elas estarão disponíveis para o público? Na melhor das hipóteses, no fim do ano. Com quase toda a certeza, dentro de um ano.

No mundo, o total de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019 está em 14,813 milhões, com mais de 613 mil mortes e 8,9 milhões de pacientes curados.

No Brasil, foram registradas nesta segunda-feira mais 721 mortes e 21.749 casos novos. O total de mortes dobrou em 39 dias, chegando a 80.251 óbitos. A covid-19 atingiu mais de 2,121 milhões de pessoas, cerca de 1% da população brasileira.

Os Estados Unidos passaram de 3,8 milhões casos e 140 mil mortes. Em duas semanas, o número de casos novos aumentou 35% e o de mortes 64%.

O Congresso dos EUA debate um novo pacotão de US$ 1 trilhão, cerca de R$ 5,343 trilhões de reais, incluindo ajuda para pequenas e microempresas, escolas, hospitais e cidadãos de baixa renda. Já aprovou um plano de recuperação de US$ 3,3 trilhões.

Depois de uma reunião de cúpula de emergência de quatro dias, a União Europeia chegou a um acordo na madrugada de terça-feira sobre um plano de recuperação de 750 bilhões de euros, cerca de R$ 4,585 trilhões de reais, para consolidar a solidariedade do bloco. Serão 390 bilhões de euros em ajuda direta, sem contrapartida, e 360 bilhões empréstimos, tudo financiado coletivamente.

Também foi aprovado o orçamento plurianual de sete anos da União Europeia, no valor de 1 trilhão de euros, cerca de 6 trilhões 114 bilhões de reais, a serem gastos até 2027. Meu comentário:

domingo, 19 de julho de 2020

UE não chega a acordo sobre plano de recuperação

Apesar de enfrentar a pior crise econômica de sua história, os líderes dos 27 países da União Europeia (UE) não conseguiram chegar a um acordo neste fim de semana sobre um plano de recuperação. A Alemanha e a França propuseram a mobilização de 750 bilhões de euros, cerca de R$ 4,615 trilhões, sendo 500 bilhões em ajuda direta e 250 bilhões em empréstimos. 

Quatro países ricos, os quatro frugais (Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia), resistem a dar ajuda sem contrapartida e os dois governos de extrema direita (Hungria e Polônia) rejeitam a exigência de respeitar as regras do Estado de Direito. As negociações continuam nesta segunda-feira.

Na reunião de cúpula de emergência realizada em Bruxelas, na Bélgica, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, porta-voz dos quatro frugais, sugeriu uma redução da ajuda direta, sem contrapartida, a 350 bilhões de euros, pouco mais de R$ 2,153 trilhões, e mais 350 bilhões em empréstimos. Quer também condicionar o desembolso a reformas nos países mais atingidos pela doença do coronavírus de 2019: Itália e Espanha.

A Alemanha, a Espanha, a França e a Itália querem um mínimo de 400 bilhões de euros, pouco mais de R$ 2,461 trilhões, em ajuda direta. Houve um avanço. Quando a proposta foi feita pela chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, em maio, Rutte e o primeiro-ministro austríaco, Sebastian Kurz, rejeitaram toda ajuda direta.

Merkel e Macron defendem que a Comissão Europeia, órgão executivo da UE, tome empréstimos de 500 bilhões de euros coletivamente, em nome dos 27 países-membros. Desta maneira, conseguiriam juros muito mais baixos do que seriam obtidos pelos países em maiores dificuldades econômicas, como Espanha, Itália e Grécia.

Enquanto os líderes da Alemanha e da França estão extremamente frustrados com os quatro frugais, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, adverte que está em jogo o futuro da UE.

Já o primeiro-ministro fascistoide Viktor Orbán acusou seu colega holandês de odiar a Hungria. Ele exige que qualquer suspensão dos desembolsos por desrespeito ao Estado de Direito precise de  unanimidade. Assim, os governos de extrema direita da Hungria e da Polônia, que atacam a liberdade de imprensa e a independência do Poder Judiciário, poderiam vetar a sanção.

A Hungria e Polônia podem querer barganhar uma ajuda maior, disse ao jornal inglês Financial Times um diplomata que participou das negociações.

Um acordo "não será construído sacrificando as ambições da Europa", desabafou o presidente Macron. "Não por uma questão de princípios, mas porque estamos enfrentando uma crise de saúde, econômica e social sem precedentes, porque nossos países precisam e porque a unidade da Europa precisa."

Se a União das Comunidades Europeias não for capaz de dar uma resposta conjunta num momento destes, para que serve a UE? Corre o risco de virar apenas uma zona de livre comércio. Deixaria de ser uma comunidade.

Para o jornal liberal alemão Süddeutsche Zeitung, "foi um dia de cólera entre governos e modelos europeus divergentes" e "uma tragédia porque mostra a impotência da Alemanha e da França", eixo central da UE, que mostraram uma "rara unidade" ao formular a proposta.

O problema acontece no momento de maior crise do projeto de integração da Europa. Além da pandemia do novo coronavírus, a UE está sob o impacto da saída do Reino Unido, a segunda maior economia do continente, num mundo em que os Estados Unidos de Donald Trump se afastam dos aliados europeus, sabotam a integração e acirram o conflito com a China, cada vez mais agressiva sob a ditadura de Xi Jinping.

Mais do que nunca, a Europa precisa de união para se apresentar como um modelo alternativo às superpotências que fomentam uma nova guerra fria.

sábado, 18 de julho de 2020

Pandemia tem novo recorde com 260 mil casos novos no mundo

A pandemia do novo coronavírus bateu mais um recorde hoje, com quase 260 mil casos novos em 24 horas. O total de casos confirmados passa de 14,4 milhões, com quase 605 mil mortes e 8,6 milhões pacientes curados. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está em 7%.

Os Estados Unidos tiveram até agora mais de 3,8 milhões de pessoas infectadas e 142 mil mortes. Num condado do Texas, 85 bebês de menos de um ano testaram positivo para o novo coronavírus.

Neste sábado, o Brasil registrou mais 885 mortes e 26.549 casos novos, totalizando 78.817 mortes e mais de 2,075 milhões de casos confirmados. Nos fins de semana, o número de mortes cai porque há menos notificações. A média de mortes diárias nos últimos sete dias está em 1.046.

Em Israel, houve mais 5 mortes e 1.929 casos diagnosticados na sexta-feira, elevando o total para 401 óbitos e 49.365 casos confirmados. No sábado, houve mais protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a política de combate à pandemia.

Com mais 100 casos novos registrados no domingo, Hong Kong, na China, enfrenta uma terceira onda de contaminação. No sábado, foram 64 casos. A cidade teve 12 mortes em 1.777 casos confirmados, superando os 1.755 casos da síndrome respiratória aguda grave (SARS), chamada na época de gripe asiática em 2003.

Sob o impacto da pandemia, a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina (Cepal) espera uma queda de 9,1% no produto regional bruto e de 9,2% no PIB do Brasil, e 45 milhões de novos pobres, com a perda de 8,5 milhões de empregos nos próximos seis meses e o fechamento de 2,7 milhões de empresas.

A miséria vai aumentar no Brasil, na Colômbia, em El Salvador, no Equador, no México e na Nicarágua. A Venezuela terá uma queda adicional de 26% por cento do PIB. Como a contaminação avança, exige o reforço das medidas de isolamento físico e adia a retomada das atividades econômicas.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Total de casos da pandemia do novo coronavírus passa de 14 milhões

O total de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019 ultrapassou hoje a marca de 14 milhões, com mais de 601 mil mortes e mais de 8,455 milhões pacientes curados. A Organização Mundial da Saúde alertou para o risco de evasão escolar. Cerca de 10 milhões de crianças podem abandonar a escola.

O Brasil registrou mais 1.110 mortes e 32.448 casos novos em 24 horas na sexta-feira, elevando o total para quase 78 mil mortes e mais de 2,047 milhões de casos confirmados. A média diária dos últimos sete dias está em 1.058 mortes. No estado de Santa Catarina, o total de mortes aumentou 142% em duas semanas.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados, mais de 3 milhões e 700 mil, e de mortes, mais de 142 mil. Dezoito estados são considerados zonas vermelhas, onde há mais de 100 casos novos por dia para cada 100 mil habitantes.

Os testes de quase um terço das crianças da Flórida deram positivo para o novo coronavírus, mais do que a média geral do estado, novo centro da pandemia. Cerca de 11% de 2,8 milhões de pessoas examinadas pegaram o vírus.

Em pesquisa da rede de televisão ABC e do jornal The Washington Post, só 38% apoiaram a ação do presidente contra a pandemia; 60% reprovaram Trump; 64% não acreditam no que o presidente diz sobre a covid-19. 

Em outra pesquisa, da Universidade Quinnipiac, 65% disseram confiar no Dr. Anthony Fauci, o principal epidemiologista do país, criticado nesta semana pela Casa Branca. Numa pesquisa da rede de TV NBC e de The Wall Street Journal, o ex-presidente Joe Biden, candidato do Partido Democrata, leva 11 pontos percentuais de vantagem. Meu comentário:

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Brasil chega a 2 milhões de casos confirmados da covid-19

Com 1.299 mortes e quase 44 mil casos novos em 24 horas, o Brasil chega 76.822 mortes e mais de 2 milhões de casos confirmados da doença do coronavírus de 2019.

No mundo inteiro, são quase 14 milhões de casos, com 592 mil mortes e mais de 8 milhões e 200 mil pacientes curados. Dos 230 mil casos registrados na quarta-feira, dois terços foram em quatro países: Estados Unidos, Brasil, Índia e África do Sul.

Os EUA têm outro recorde, com mais de 75 mil casos registrados num dia nesta quinta-feira. Houve 977 mortes em 24 horas, com recordes de 156 mortes na Flórida e 129 no Texas. 

A contaminação cresce em 41 dos 50 estados americanos; 18 são zonas vermelhas. Nas últimas duas semanas, houve um aumento de 44% no número de infecções e de 51% no número de mortes.

Com mais 32.695 casos, a Índia rompeu hoje a barreira de 1 milhão de casos confirmados, com 25 mil mortes. Mais de 125 milhões de pessoas foram colocadas em confinamento.

A Argentina tem 3 mil 624 casos novos, 70 por cento na província de Buenos Aires e 854 na capital. Na Grande Buenos Aires, houve um aumento de 50 por cento no contágio em dez dias. Mais 62 pessoas morreram, elevando o total para 2.112.

Uma nova pesquisa liderada pela Universidade de Minnesota publicada nos Anais de Medicina Interna, concluiu que o tratamento precoce com cloroquina e hidroxicloroquina não melhora a condições dos pacientes.

Mais de 3 mil feiras de negócios foram canceladas no mundo, mas a Feira do Livro de Frankfurt, será realizada em outubro. Meu comentário:

quarta-feira, 15 de julho de 2020

EUA podem ter 240 mil mortes por covid-19 até novembro

Os Estados Unidos devem chegar em 1º de novembro, dois dias antes das eleições, a 240 mil mortes pela doença do coronavírus de 2019, prevê a Universidade de Washington em Seattle. Será arrasador para a reeleição de Donald Trump, que tenta transferir a responsabilidade para a China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sua própria equipe médica.

Em entrevista à revista The Atlantic, o Dr. Anthony Fauci, principal epidemiologista da força-tarefa da Casa Branca, disse que os ataques que recebe do governo Trump são “bizarros” e só prejudicam o presidente.

Com o aumento da contaminação em 41 dos 50 estados, os EUA passam de 3,6 milhões de casos confirmados e 140 mil mortes pela covid-19. A Califórnia bate próprio recorde com 11 mil casos novos num dia.

No mundo inteiro, são quase 13,7 milhões de casos confirmados, 587 mil mortes e mais de 8 milhões de pacientes curados.

Com 1.261 mortes e 39 mil 705 casos novos, o Brasil chega a 75.523 mortes e quase 1,971 milhão casos confirmados da doença do novo coronavírus.

A Argentina registra um recorde de 4 mil 250 casos num dia, sendo 1.220 na capital e 2.734 na província de Buenos Aires. No bairro de Villa 31, 53% dos moradores foram contaminados.

Tóquio eleva o risco de contaminação pela covid-19 para o nível de alerta máximo.

Depois de uma queda de 6,8% na comparação anual no primeiro trimestre, a China se tornou a primeira grande economia mundial a crescer depois do impacto da pandemia, com alta de 3,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período no ano passado.

O grande motor da recuperação foi o crescimento industrial de 4,4% em um ano. As vendas no varejo caíram 3,9%. A taxa de desemprego caiu de 5,9% em maio para 5,7% em junho.

Os líderes dos 27 países da União Europeia se reúnem na sexta-feira para decidir como será o plano de recuperação da economia do continente. A Alemanha e a França propuseram um total de 750 bilhões de euros, mais de 4 trilhões e 600 bilhões de reais, sendo 500 bilhões de ajuda direta, sem contrapartida, e 250 bilhões de euros em empréstimos.

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas calcula que mais 122 milhões de pessoas podem ser ameaçadas pela fome do que no ano passado, quando havia 680 milhões de famintos.

Há 23 vacinas sendo testadas em seres humanos. Os testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca deram resultado positivo, antecipou a televisão independente britânica ITV.

A esperança de sucesso na neutralização do coronavírus provocou uma alta nas bolsas de valores da Europa e dos Estados Unidos. Em São Paulo, o índice Bovespa subiu 1,34 por cento. Meu comentário:

terça-feira, 14 de julho de 2020

Brasil tem o maior número de mortes num dia em três semanas

O Brasil teve 1.341 mortes em 24 horas, 51 por cento na região Sudeste, e 42.245 casos novos, elevando o total para 74.262 mortes e 1,931 milhão de casos confirmados. A média dos últimos sete dias, 1.056 mortes, foi a maior desde o início da pandemia. 

Depois que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o Exército é corresponsável pelas atitudes de militar como o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, há uma pressão nas Forças Armadas para que ele passe para a reserva. 

O Brasil está sem ministro da Saúde há 60 dias. Parlamentares reclamam que não atendidos pelo ministro quando ligam pedindo ajuda para suas bases eleitorais.

No mundo inteiro, já são mais de 13,4 milhões de casos confirmados, 581 mil mortes e 7,847 milhões de pacientes curados. Dos casos encerrados, 7% terminaram em morte, um ponto percentual a menos do que na semana passada.

Os Estados Unidos registraram um recorde de 67 mil infecções em 24 horas, um dia depois da notificação de 61.492 casos novos, o terceiro maior número até hoje, sendo 30 mil na Califórnia, na Flórida e no Texas. Chegaram a um total de 3,545 milhões de casos confirmados e 139 mil mortes.

O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield, alerta que o outono e o inverno serão um dos períodos mais difíceis para a saúde nos EUA.

A Academia de Ciências Médicas do Reino Unido adverte para o risco de uma nova onda de contaminação no inverno no Hemisfério Norte.

De Melbourne, segunda maior cidade da Austrália, a Manila, a capital das Filipinas, Hong Kong e Bangalore, o centro da indústria de informática da Índia, várias regiões da Ásia e do Pacífico recuam na reabertura da economia e voltam a adotar medidas rigorosas de confinamento.

A dívida total da China, somando as dívidas de governos, empresas e pessoas, é estimada em 317% do produto interno bruto, que no ano passado passou de US$ 14 trilhões, quase R$ 75 trilhões.

O produto interno bruto dos EUA, de mais de US$ 21,4 trilhões em 2019, mais de R$ 114 trilhões, deve cair 6,89% neste ano. O déficit público dos Estados Unidos nos últimos 12 meses ficou em US$ 3 trilhões, pouco mais de R$ 16 trilhões.

As vendas no varejo subiram 18 por cento em maio nos 19 países da Zona do Euro.

Com os preços do petróleo em torno de 40 dólares, quase 214 reais, por barril, os países do Oriente Médio vão deixar de ganhar 270 bilhões de dólares, cerca de 1 trilhão 444 bilhões de reais neste ano. O produto regional bruto deve cair 7,3 por cento.

A primeira vacina testada nos Estados Unidos, do laboratório Moderna, apresentou bons resultados em 45 voluntários. Agora, será testada em 30 mil pessoas. Meu comentário:

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Universidades processam Trump para impedir cassação de vistos

Cerca de 60 universidades, 17 estados e o Distrito de Colúmbia processam o governo Donald Trump para impedir a cassação dos vistos de estudantes que não estejam assistindo a aulas presenciais. 

Em Los Angeles e São Diego, as escolas primárias e secundárias só devem ter aulas presenciais no próximo ano, apesar das pressões de Trump e da secretária de Educação, Betsy DeVos. 

As duas maiores cidades do Sul da Califórnia alegam que o reinício das aulas exige uma queda no número de novas infecções e ampla disponibilidade de testes. A Califórnia num tem nem uma coisa nem outra.

A pandemia contaminou mais um milhão de pessoas em quatro dias. Foram seis dias para o 11º milhão, 5 dias para o 12º milhão e 4 dias para o 13º milhão de casos confirmados. No fim de semana, houve um novo recorde mundial para o número de novos casos por dia, mais de 230 mil. No mundo inteiro, são mais de 13,236 milhão de casos, mais de 575 mil mortes e 7,696 milhões de pacientes curados.

Os Estados Unidos lideram com mais de 3,4 milhão de casos e mais de 138 mil mortes. Pelo menos 35 dos 50 estados registram alta na contaminação. 

No sábado, o presidente Donald Trump usou máscara pela primeira vez em público, ao visitar o Centro Médico Walter Reed, um hospital militar nos arredores de Washington. Mas fez questão de dizer que era algo excepcional, quando os médicos querem que seja uma regra. 

Enquanto isso, seu principal adversário na eleição presidencial de 3 de novembro, o ex-vice-presidente Joe Biden, tem uma vantagem de 9 pontos percentuais na média das pesquisas e ficou na frente numa pesquisa no Texas, um estado conservador com a segunda maior população do país. Se Trump perder no Texas, a derrota é certa.

No domingo, a Flórida bateu novo recorde nacional de casos novos num dia 16,3 mil. Com 21,5 milhões de habitantes, a Flórida tem hoje mais casos novos da covid-19 do que toda a União Europeia, de quase 450 milhões de habitantes.

Na Califórnia, o governador Gavin Newsom recua na abertura da economia. Fechou praias, museus, bares, igrejas e salas de cinema, e impediu restaurantes de servir refeições em espaços fechados.

Nova York teve o primeiro dia sem mortes.

Com 770 mortes e 21.783 casos novos em 24 horas, o Brasil chegou a 72.921 mortes e 1,888 milhão de casos confirmados.

O México ultrapassou a Itália. Com mais de 35 mil óbitos, é o quarto país do mundo em número absoluto de mortes pelo coronavírus, depois dos EUA, do Brasil e do Reino Unido.

O diretor da delegacia regional do banco central dos Estados Unidos no Texas declarou que usar máscara é a chave para a retomada do crescimento econômico. 

A exemplo da Alemanha, da Espanha, da Grécia e da Itália, a partir de 24 de julho, o Reino Unido vai tornar obrigatório o uso de máscaras em lojas, sob pena de multa de 100 libras, cerca de R$ 677.

As exportações da China cresceram 0,5% em junho e as importações, 2,7%.

O produto interno bruto de Cingapura sofreu uma queda de recorde 12,6% no segundo trimestre na comparação anual.

Diante de uma recessão, o ditador Vladimir Putin adia em seis anos um programa de investimentos de US$ 360 bilhões, cerca de R$ 1,94 trilhão, para estimular o crescimento da Rússia.

Nove em dez brasileiros receberam notícias falsas sobre a pandemia, concluiu uma investigação da organização não governamental Avaaz.

A autorização para a vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech vai ter tramitação rápida, anunciou a Administração de Alimentos e Medicamentos, o órgão regular dos Estados Unidos. Meu comentário: