terça-feira, 7 de julho de 2020

EUA devem chegar a 208 mil mortes antes das eleições

O total de mortes nos Estados Unidos pela doença do novo coronavírus deve chegar a 208 mil no início de novembro, quando serão realizadas eleições para presidente, para toda a Câmara dos Representantes e 35 dos 100 senadores. 

Segundo estado mais populoso do país, o Texas bateu novo recorde de casos novos da doença do coronavírus de 2019, mais de 10 mil num dia. O Texas e a Flórida têm agora mais de 200 mil casos confirmados cada. O país tem mais de 3 milhões de casos confirmados e quase 134 mil mortes. 

No mundo inteiro, o total de casos se aproxima de 12 milhões, com mais de 546 mil mortes e quase 6,9 milhões de pacientes curados.

O Brasil registrou hoje 1.312 mortes, elevando o total para 66.868. Há um mês, o Brasil tem, em média, mais de mil mortes por dia. Houve 48.584 casos novos nesta terça-feira, elevando o total de casos confirmados para 1,674 milhão de casos.

Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro revelou \que está com o coronavírus e tomou cloroquina, um medicamento que está sendo usado em tratamentos experimentais, mas não há comprovação científica de que seja eficaz. 

Sempre na contramão da ciência, o presidente minimizou a importância da covid-19, defendeu o isolamento vertical, só para idosos, e insistiu erradamente em que os jovens não correm perigo.

Nos EUA, o presidente Donald Trump usa o mesmo argumento para pressionar os governadores a reabrir as escolas. O governador republicano de Maryland, Larry Hogan, que entrou em conflito com Trump durante a pandemia, disse ao jornal The New York Times que os eleitores querem “algo diferente”. Uma pesquisa da rede de televisão NBC indica que os governadores são muito mais populares do que o presidente.

Em mais uma mentira, Trump afirma que os EUA têm a menor taxa de mortalidade pelo coronavírus do mundo. Falso. Estão em nono em número de mortes por habitante do mundo, mais do que o Brasil, que está em 15 º lugar. Trump se gaba de que o país é o que mais testa, mas estão faltando testes em Houston, a maior cidade do Texas.

Os EUA comunicaram oficialmente às Nações Unidas a decisão de sair da Organização Mundial da Saúde. Como o processo dura um ano, se Trump perder a eleição de 3 de novembro, a decisão deve ser revertida. 

A média das pesquisas dá uma vantagem de 8,7 a 9,6 pontos percentuais para o candidato do Partido Democrata, o ex-senador e ex-vice-presidente Joe Biden. A metade dos eleitores americanos acredita que a economia vai piorar. Mais uma má notícia para Trump.

Na África, continente onde a pandemia chegou por último, o total de casos confirmados passa de 551 mil, com 12 mil e 15 mortes.

No Irã, as 200 mortes registradas nesta terça-feira são um recorde. A República Islâmica tem mais de 245 mil casos confirmados e quase 12 mil mortes. 

A Argentina também bateu seu recorde de mortes num dia, 75. Houve 2.632 casos novos, 995 na capital e 1.476 na Província de Buenos Aires. O país tem mais de 83 mil casos e 1.644 mortes.

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, espera que o produto regional bruto seja 8,3 por cento menor neste ano e suba 5,8 por cento no próximo ano, uma expectativa mais pessimista do que a anterior.

Um dos poucos países europeus que evitaram o confinamento, a Suécia, acabou tendo um desempenho econômico pior do que seus vizinhos da Escandinávia. A economia sueca deve recuar 4 e meio por cento neste ano, a da Dinamarca 4,1 por cento e a da Noruega, 3,9 por cento. 

A Suécia é o sétimo país com maior número de mortes por habitante. Teve 12 vezes mais mortes por habitante do que a Noruega e seis vezes mais do que a Dinamarca. Fica evidente assim que a economia não pode funcionar normalmente com o vírus circulando se controle. 

O dilema entre impor o confinamento ou manter a economia funcionando, com querem os presidentes Trump e Bolsonaro, é totalmente falso. Sem controlar a emergência de saúde pública, a economia não se recupera, quanto mais volta ao normal. Meu comentário:

Nenhum comentário: