Com a doença do coronavírus de 2019 como desculpa, o governo regional de Hong Kong, subserviente ao regime comunista da China, anunciou hoje o adiamento por um ano das eleições legislativas marcadas para 6 de setembro. A nova data é 5 de setembro de 2021.
Numa ofensiva contra o movimento pela democracia e a onda de manifestações que varreu o território, o Congresso Nacional do Povo da China aprovou em 30 de junho uma Lei de Segurança Nacional draconiana.
Na prática, o governo central de Beijim rompeu o compromisso de manter o regime liberal por pelo menos 50 anos, assumido com o Reino Unido em 1984, quando a China negociou a devolução da colônia britânica em 1997.
O governo vetou ontem 12 candidaturas de oposição ao Conselho Legislativo, inclusive de Joshua Wong, líder do Movimento dos Guarda-Chuvas, em 2014. Vários livros críticos ao regime comunista chinês estão sendo retirados de escolas e livrarias.
A ditadura do Partido Comunista chinês se abate sobre o território. A governadora Carrie Lam afirma que as medidas tomadas com base na Lei de Segurança Nacional visam a garantir a estabilidade e os direitos da maioria, discurso típico de regimes autoritários.
No ano passado, os candidatos ligados à China sofreram uma derrota esmagadora nas eleições municipais de Hong Kong.
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