segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Barril de petróleo chega a US$ 101 em Londres

Por causa da revolta popular no Egito, o preço do barril de petróleo do tipo Brent, padrão de referência para a Bolsa Mercantil de Londres, chegou hoje a US$ 101,08, a maior cotação em mais de dois anos.

O Egito não é exportador de petróleo, mas controla o Canal de Suez, por onde passam 8% das exportações mundiais.

Juiz declara reforma de Obama inconstitucional

Um segundo juiz federal dos Estados Unidos Unidos considerou a reforma do sistema de saúde do governo Barack Obama inconstitucional por obrigar os americanos a comprar um seguro de saúde.

Na sentença, o juiz Roger Vinson, da cidade de Pensacola, na Flórida, decidiu que a lei fica em vigor até que todos os recursos sejam apreciados, o que pode durar dois anos. Mas determinou que toda a lei deve ser anulada se um tribunal de apelações chegar à mesma conclusão que ele.

Assad já promete reformas na Síria

Sob pressão das revoltas no mundo árabe, o presidente Bachar Assad, declarou hoje que chegou a hora das reformas na Síria. Além dos aliados dos Estados Unidos, alguns ditadores supostamente de esquerda, como Muamar Kadafi, da Líbia, também estão com a corda no pescoço.

Em entrevista à BBC, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, enviado especial do Quarteto pela Paz no Oriente Médio considera a mudança no Egito inevitável, mas teme que a Irmandade Muçulmana conquiste o poder em eleições democráticas.

Enquanto o ministro do Exterior britânico, William Hague, se associou à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para pedir "uma transição democrática ordeira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou os EUA se usarem o presidente do Egito, Hosni Mubarak, durante décadas, livrando-se dele quando já não serve mais aos interesses americanos.

Inflação da Eurozona supera previsões

A inflação nos 17 países da Zona do Euro subiu para 2,4% ao ano em janeiro.

Fábricas do Japão produzem 3,1% a mais

A produção industrial do Japão cresceu 3,1% em dezembro, informou o Ministério da Economia.

Consumo avança pelo sexto mês seguido nos EUA

O consumo pessoal subiu 0,7% em dezembro nos EUA, acima da expectativa. Foi o sexto mês seguido de alta.

É importante porque o consumo pessoal representa 70% do produto interno bruto do país.

Moody's rebaixa o crédito do Egito

Diante da crise na ditadura do presidente Hosni Mubarak, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a dívida do Egito.

Exército prometeu não usar a força no Egito

O Exército do Egito prometeu hoje à tarde não usar a força contra os manifestantes. A oposição do Egito está convocando uma passeata para reunir um milhão de pessoas amanhã e uma  greve geral por tempo indeterminado para derrubar o ditador Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.  Mais de 140 pessoas foram mortas em sete dias de revolta popular.

Em uma tentativa de se manter no cargo, Mubarak deu posse ao novo ministério hoje e pediu ao novo vice-presidente, Omar Suleiman, que inicie um diálogo com os manifestantes.

Hoje, o Cairo amanhaceu calmo, mas logo a multidão começou a se concentrar na Praça Tahrir, no centro da capital egípcia.

A polícia voltou às ruas, de onde tinha saído na sexta-feira, abrindo espaço para uma onda de saques que a oposição atribuiu a uma tentativa do governo de gerar anarquia para jogar a população contra os manifestantes.
Com os bancos fechados pelo terceiro dia seguido, complicando ainda mais a vida cotidiana, os moradores do Cairo já tem dificuldade até para comprar comida.

Diante do caos nas ruas e do fechamento das pirâmides de Gizé, a maior atração turística do país, milhares de estrangeiros enfrentam longos engarrafamentos e longas filas no aeroporto para sair do Egito.


O governo egípcio fechou o escritório da TV Al Jazira no Cairo. Vários jornalistas árabes disseram ter sido atacados por suspeita de pertencerem ao canal de notícias do Catar.
 
No fim da tarde, pela terceira noite seguida, os manifestantes desafiaram o toque de recolher e se concentraram na Praça Tahrir exigindo a queda do ditador. A massa cercou os 14 tanques de fabricação americana estacionados na praça.
 
Cabe ao Exército, que domina a política do Egito desde a queda do rei Faruk, em 1952, decidir o futuro da rebelião: já desistiu de esmagar a revolta, mas ainda não retirou o apoio a Mubarak.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Oposição autoriza ElBaradei a negociar

Diante do perigoso impasse no sexto dia seguido de manifestações pedindo a queda do presidente Hosni Mubarak, a oposição do Egito autorizou o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel de Paz 2005, a negociar com o regime, que se fortalece para resistir às pressões.

ElBaradei discursou hoje para a multidão na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Em entrevista à rede de televisão americana CNN, ele advertiu: "Se Mubarak quiser salvar sua pele, se tiver um pingo de patriotismo, deve ir embora hoje e salvar o país".

Caças sobrevoam multidão no Egito

Aviões de caça F-16 de fabricação americana da Força Aérea do Egito sobrevoam neste momento a multidão reunida nas ruas do Cairo para exigir a queda do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos, e a formação de um governo de transição de união nacional.

O ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2005, está indo para a Praça Tahrir, centro das manifestações, no coração da capital egípcia.

Já se passam mais de 20 minutos do início do toque de recolher noturno, às 18h locais, 14h em Brasília, mas a massa não arreda pé.

O Exército ocupa as ruas das principais cidades do Egito. Desde ontem, os soldados mantêm uma relação amistosa com os manifestantes. A qualquer momento, podem receber a ordem de impor a obediência ao toque de recolher.

A situação é tensa e explosiva.

Israel, que assinou em 1979 um tratado de paz com o Egito mediado pelos Estados Unidos, observa com atenção. Analistas israelenses acreditam que Mubarak esteja liquidado. Esperam que o vice-presidente indicado ontem, Omar Suleiman, que tem um papel ativo nas negociações de paz com os palestinos, consiga controlar a situação.

O governo israelense teme a influência da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928 por Hassan al-Bana. É também a oposição mais organizada no Egito e está por trás da criação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Em entrevista à TV Fox News neste domingo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarou que é preciso realizar "eleições livres e limpas", numa advertência ao aliado Mubarak de que desta vez uma democracia pela metade não vai funcionar: "Queremos ver uma transição para a democracia.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mubarak indica chefe do serviço secreto para vice

No quinto dia seguido de manifestações populares para exigir a queda do regime, o presidente Hosni Mubarak indicou o chefe dos serviços secretos do Egito, Omar Suleiman, para vice-presidente, mais um sinal de que não pretende deixar o poder. É a primeira vez em 30 anos de governo que Mubarak indica um vice-presidente.

O ex-brigadeiro Ahmad Chafic, um dos nomes cotados para a sucessão presidencial, será primeiro-ministro.

Pelo menos 38 pessoas foram mortas nos últimos dias, mais de mil feridas e mais de mil presas. Há relatos de mais de 100 mortes.

Como a polícia perdeu a batalha da repressão, o Exército ocupa as ruas, mas os soldados estão evitando usar a força. Parece que o regime prefere deixar o movimento popular se esvaziar.

Sem polícia, há relatos de saques, roubos, assaltos e anarquia generalizada em outras áreas do Cairo. Os moradores estariam organizando patrulhas de bairro para defender suas casas e suas famílias de criminosos.

Em entrevista à BBC, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da  Paz 2005, considerou as mudanças apenas cosméticas. Ele insiste que Mubarak deve marcar uma data para sua própria saída.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Obama pede a Mubarak que não use a força

Em telefonema agora à noite ao presidente Hosni Mubarak, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, pediu que não abuse da força para evitar um agravamento da revolta popular no Egito.

Obama lembrou, num pronunciamento na televisão, que os governos devem ter o consentimento de seus povos e afirmou que no fim o futuro do Egito terá de ser decidido pelo povo egípcio, "herdeiro de uma grandes civilizações da antiguidade".

Ditador egípcio promete reformas e novo governo

Em pronunciamento agora há pouco pela televisão estatal do Egito, o ditador Hosni Mubarak, no poder há 30 anos, prometeu nomear amanhã um novo governo para fazer reformas democráticas e ampliar as liberdades públicas.

Pelo menos 20 pessoas foram mortas, mais de mil presas e mais de mil feridas em quatro dias, na maior onda de protestos contra o governo egípcio em 33 anos.

Mubarak não cedeu diante dos protestos que exigem sua renúncia. Ele afirmou que "os egípcios têm de obedecer à lei".

Mubarak põe soldados e tanques nas ruas

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decretou hoje toque de recolher em todo o país a partir das 18h locais, 14h em Brasília, e colocou soldados e tanques do Exército nas ruas para tentar conter a maior onda de protestos dos últimos 33 anos.

Mubarak deve fazer um pronunciamento à nação ainda hoje ou amanhã.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu ao governo egípcio que não use violência e trate de resolver os problemas que levaram à revolta popular.

Egito reprime protestos com dureza

Com balas de borracha, gás lacrimogênio e jatos d’água, o governo do Egito reprimiu duramente a grande manifestação de protesto realizada hoje no Cairo depois das orações da sexta-feira, a folga religiosa semanal dos muçulmanos. O número de mortos subiu para oito em quatro dias de protesto.

Em mais um Dia de Ira para pedir a queda do presidente Hosni Mubarak, também houve protestos em Alexandria e Suez em mais um Dia de Ira. Um líder da Irmandade Muçulmana foi preso. 

• O ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei não escapou. Teve de se refugiar numa mesquita. A Associated Press disse que ele está em prisão domiciliar.

• Os serviços de comunicação móvel, Internet, telefonia celular e mensagem de texto, foram bloqueados.

• Até agora, o governo prometeu uma reforma ministerial e liberdade de expressão.

• Os EUA relutam em apoiar o movimento pela democracia por medo dos islamitas da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano do mundo.

• O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pediu ao governo egípcio que respeite a liberdade de expressão.

EUA cresceram 3,2% ao ano no fim de 2010

economia dos EUA cresceu num ritmo anual de 3,2% no quarto trimestre de 2010, o mais forte de todo o ano passado, acelerando em relação aos 2,6% do terceiro trimestre.


O maior aumento do consumo pessoal em quatro anos é um indicador de que a recuperação está se consolidando.


Em 2010 como um todo, a maior economia do mundo cresceu 2,9%.

Chile vai investigar morte de Allende

Pela primeira vez, a Justiça do Chile abre um processo sobre a morte do presidente Salvador Allende em 11 de setembro de 1973, durante o golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet, que governou o país até 1990.

A procuradora Beatriz Pedrals ofereceu denúncia sobre as mortes do presidente e de outras 725 pessoais sobre as quais não havia nenhuma ação judicial.

Allende teria se suicidado para não ser preso pelos golpistas. Mais de 3 mil pessoas foram mortas ou desapareceram durante o regime militar chileno.

Fábrica de fornos de Auschwitz vira museu

A fábrica da empresa Topf & Söhne, que fazia os fornos crematórios do campo de concentração de Auschwitz, vai virar museu, revelou a revista alemã Der Spiegel. Será uma maneira de guardar para a História a intimidade das relações da indústria da Alemanha com as políticas de extermínio do nazismo.

Ontem foi o Dia do Holocausto. Comemorou-se a libertação de Auschwitz, o maior de todos os campos de concentração, onde 1,5 milhão de pessoas teriam sido mortas.

A partir de 1940, o que era um quartel do Exército da Polônia próximo a um dos principais entroncamentos ferroviários da Europa Oriental virou um centro do terrorismo mais crual praticado em toda a História da Humanidade.

Em Auschwitz, foram testados todos os tipos de tortura e realizadas experiências de manipulação genética de seres humanos.

A Topf & Söhne também projetou o sistema de ventilação das câmaras de gás.

Acredita-se que 11 milhões de pessoas morreram nos mais de 2 mil campos de concentração e centros de trabalhos forçados da Alemanha nazista. Foram 6 milhões de judeus, 1 milhão de ciganos, soldados inimigos, esquerdistas, homossexuais, deficientes físicos e mentais.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cantão vai aumentar salário mínimo

A província de Cantão, na China, vai elevar o salário mínimo para US$ 123/mês a partir de março. Algumas cidades terão pisos mais altos.


Os planos de algumas cidades chinesas de investir para aumentar a renda em até 30% conflitam com as políticas do governo central para esfriar a economia.

Exportações crescem mas dívida do Japão é rebaixada

As exportações do Japão cresceram 13% em dezembro na comparação com o ano anterior, com destaque para as vendas para o resto da Ásia. Mas a agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota de crédito do país.

A dívida pública japonesa passou de 200% do PIB. Já está em mais de US$ 10 trilhões, abaixo apenas da americana, de US$ 14,3 trilhões.

ElBaradei chega ao Egito para liderar oposição

O ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed eElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz chegou hoje ao Cairo para se associar às manifestações que exigem a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no poder há quase 30 anos.

Para amanhã, está convocada um novo dia da ira, com uma grande marcha na capital, da qual participarão El Baradei e a oposição muçulmana.

Enquanto o partido do governo declara estar pronto para iniciar um diálogo com os jovens que lideram os protestos, a Irmandade Muçulmana, maior grupo de oposição do país, que estava quieta, afirma que a repressão vai levar a uma "explosão".

Mais uma vez, os manifestantes ignoram a proibição e voltam a sair às ruas do Cairo, mas aparentemente não houve conflitos com a polícia.

Em três dias de protestos, pelo menos seis pessoas morreram e mais de mil manifestantes foram presos.

Ativista homossexual é morto em Uganda

Um ativista do movimento gay que teve foto publicada na primeira página de um jornal foi brutalmente assassinado em Uganda, um país do centro da África.

David Kato tinha processado o jornal Rolling Stone, que revelou que ele era homossexual, por violação de privacidade. A reportagem denuncia os gays de Uganda sob a manchete: "Enforque-os!"

Ataque contra funeral mata 48 no Iraque

Um atentado contra um funeral matou 48 pessoas e deixou outras 120 feridas hoje no Iraque.

Implantes de seio causam tipo raro de câncer

Os implantes nos seios estão sendo responsabilizados por um tipo raro de câncer.

França investiga fortuna de Ben Ali

Depois de denúncias do jornal francês Libération de que parentes do ex-ditador da Tunísia Zine al-Zinedine Ben Ali tem mansões e apartamentos em Paris, a Justiça da França iniciou uma investigação sobre a fortuna que ele e sua família teriam no país.

A organização não governamental Transparência Internacional, que luta contra a corrupção aplaudiu a decisão da França. Para o presidente da TI no país, Daniel Lebegue, Ben Ali "deve ter contas bancárias e propriedades em diversos países do Oriente Médio, Suíça, França, Canadá, Argentina e Brasil".

Generais seriam contra sucessão dinástica no Egito

Uma série de documentos da diplomacia dos Estados Unidos vazados pelo sítio da organização não governamental WikiLeaks sugerem que os militares egípcios não querem uma “sucessão dinástica”, com Gamal Mubarak, filho do atual presidente, Hosni Mubarak, herdando o cargo.

Depois de eleições parlamentares que as oposições muçulmana e liberal denunciaram como fraudulentas, o Egito vota para presidente em 2011.

A multidão está nas ruas pedindo a cabeça do ditador. Mas, ao contrário da Tunísia, onde o comandante do Exército declarou que o ditador Zine Ben Ali estava liquidado, no Egito, o regime tem amplo apoio das Forças Armadas. É herdeiro da revolução dos coronéis, que depôs o rei Faruk em 1952 e implantou a república.

Desde então, o país teve quatro presidentes, todos militares.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Candidato do governo abandona eleição no Haiti

Sob forte pressão internacional, o partido do governo do Haiti à presidência anunciou hoje a retirada da candidatura de Jude Célestin do segundo turno da eleição presidencial, que estava previsto para 16 de janeiro.

A disputa vai ser entre Mirlande Manigat, viúva do ex-presidente Leslie Manigat, que ganhou o primeiro turno com 36% dos votos, e o cantor pop Michel Martelly, que oficialmente teve 21%, 7 mil votos a menos do que Célestin, que teria obtido 22% dos votos.

Diante dos protestos e denúncias de fraude, uma investigação da Organização dos Estados Americanos (OEA) concluiu que houve realmente uma série de irregularidades que justificariam o afastamento do candidato do presidente René Préval.

Déficit público dos EUA será de US$ 1,5 trilhão

O déficit do governo federal dos Estados Unidos deve chegar a US$ 1,5 trilhão, cerca de R$ 2,5 trilhões, neste ano, alertou hoje o Escritório de Orçamento do Congresso.

A venda de casas novas surpreendeu positivamente em dezembro, subindo 17,5%, mas não impediu que 2010 fosse o pior ano da história do mercado imobiliário nos EUA.

Em mais uma análise sobre a saúde da economia americana, a Reserva Federal (Fed), o banco central do país, observou um ritmo de crescimento um pouco maior, ainda insuficiente para repor os empregos destruídos pela crise.

Mesmo assim, preferiu manter o programa de compra de títulos da dívida pública para lançar no mercado US$ 600 bilhões até junho, com o objetivo de reinflar a maior economia do mundo.

Pela primeira vez, desde junho de 2008, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou acima de 12 mil pontos.

Rússia demite chefes de segurança do aeroporto

O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, demitiu hoje os responsáveis pela segurança do aeroporto de Domodedovo, o maior do país. Já o primeiro-ministro Vladimir Putin declarou que o ataque que não teve ligação com a Chechênia, contrariando a opinião da maioria dos analistas.

Revolta no Egito tem seis mortos e 860 presos

governo do Egito proibiu manifestações, marchas e reuniões para tentar conter a maior onda de protestos em 33 anos. Em dois dias, pelo menos seis pessoas foram mortas e 860 presas. 

Apesar da ameaça do ministro do Interior de prender e processar os manifestantes, a multidão, convocada pelo Movimento 6 de Abril, de oposição liberal, desafiou a proibição.


Os manifestantes querem a queda do presidente Hosni Mubarak, um brigadeiro da reserva da Força Aérea que está no poder desde o assassinato do presidente Anuar Sadat em 1981, a dissolução do parlamento, a formação de um governo provisório de união nacional e eleições livres e democráticas.

A polícia tomou as ruas do Cairo, Alexandria, Suez e outras cidades, mas não conseguiu impedir os protestos.


Cerca de 3 mil pessoas se concentraram diante de um tribunal. Outro grupo se reuniu na frente da sede do sindicato dos jornalistas, onde normalmente as manifestações são toleradas. Mas não desta vez. A polícia usou cassetetes e gás lacrimogênio. 


Aos gritos de "Abaixo Mubarak!", os rebeldes rasgaram fotos e cartazes do ditador. Os protestos continuaram pela noite neste país de 80 milhões de habitantes onde a metade da população vive na miséria e 90% dos jovens estão desempregados.


O Movimento 6 de Abril convocou novas manifestações "até Mubarak cair".


• A sociedade internacional pediu diálogo e contenção. Os EUA disseram que é uma oportunidade para promover reformas políticas. A União Europeia pediu às autoridades egípcias que ouçam a voz do povo.

Tunísia e Interpol pede prisão de Ben Ali

A Interpol, polícia internacional, e o governo provisório da Tunísia emitiram uma ordem de prisão internacional contra o ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali e sua mulher por enriquecimento ilícito. Eles fugiram para a Arábia Saudita há 12 dias. O jornal francês Le Monde denunciou que levaram 1,5 tonelada de ouro do Tesouro Nacional.


Nas ruas de Túnis, os manifestantes voltaram a enfrentar a polícia, que reagiu com gás lacrimogênio, num protesto para exigir a demissão do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, um aliado de Ben Ali que está no poder há 11 anos.

Obama promete empregos e economia criativa

O presidente Barack Obama faz agora sua prestação de contas anual ao Congresso dos Estados Unidos. Em 2011, o foco deve estar na recuperação da economia, na geração de empregos e no aumento da competitividade da economia americana.

Obama começou fazendo congratulações ao novo Congresso eleito em novembro e ao presidente da Câmara, o deputado John Boehner, para em seguida lembrar a "cadeira vazia" da deputada Gabi Giffords, baleada em Tucson, no Arizona, em 8 de janeiro deste ano.

"Os debates dos últimos dois anos têm sido ferozes. Mas há uma razão para refletir depois da tragédia de Tucson. Não interessa quem somos nem de onde viemos. Somos parte da família americana, onde qualquer povo, religião ou raça é aceito. Todos são iguais. Isso nos distingue como nação", disse Obama.

"O futuro depende não de nos sentamos juntos hoje aqui, mas de podermos trabalhar juntos amanhã", prosseguiu o presidente. (Aplausos)

"Vamos para a frente juntos ou não vamos", desafiou. "Estamos destinados ao progresso. Dois anos depois da pior recessão de que temos memória, a bolsa de valores e as empresas americanas estão de volta. Mas medimos o sucesso pelo sucesso individual das pessoas. É preciso gerar mais empregos".

Na tentativa de se apresentar como centrista, moderado, Obama citou o acordo do fim do ano passado para prorrogar por dois anos os cortes de impostos do governo George W. Bush.

Ao advertir que o mundo mudou, citou o exemplo dos investimentos chineses em energias renováveis e o sucesso na educação, mas "os EUA ainda têm a maior economia e a mais próspera do mundo. Temos as melhores empresas e as melhores universidades. Somos a primeira nação criada em torno da ideia de que cada um pode ser o que quiser. O que você quer ser quando crescer?"

Em outras palavras, os americanos têm ideias e liberdade para manter uma posição de preponderância no mundo mesmo depois que a China se tornar a maior economia do mundo: "Podemos conquistar o futuro. Não é uma dádiva, é uma conquista, com sacrifício e luta. Precisamos inovar e educar melhor nossas crianças para superar o resto do mundo", afirmou.

"Nenhum de nós pode prever onde vai surgir um novo negócio. Somos um país de ideias, criatividade e empreendorismo, o país de Edson e dos Irmãos Wright, do Google e da Microsoft", citou o presidente.

Alguns anos atrás, a União Soviética saiu na frente na corrida espacial, com o lançamento do Sptunik, o primeiro satélite artificial da Terra, em 4 de outubro de 1957, lembrou Obama. Os EUA entraram na disputa e não só superaram os soviéticos como desenvolveram uma série de indústrias relacionadas.

Para o presidente dos EUA, este é mais um "momento Sputnik", dando a entender que a próxima corrida tecnológica será contra a China.

"É preciso investir na indústria farmacêutica, na alta tecnologia: vamos financiar o Projeto Apolo da nossa geração. Fazer novos supercomputadores. Podemos romper a dependência do petróleo criando um carro elétrico. Em vez de subsidiar a energia do passado, vamos investir na do futuro", conclamou.

O presidente prometeu enviar um projeto ao Congresso para que "até 2035, 80% da energia elétrica gerada nos EUA terão de vir de fontes renováveis: solar, nuclear, gás natural, biocombustíveis... Temos de manter a liderança em tecnologia. Se queremos inovação que produza empregos aqui, temos de ganhar a corrida da educação."

Pelas previsões de Obama, "em 10 anos, todos os empregos gerados vão exigir um nível educacional acima de bacharel nos nossas universidades. É preciso mais para dar a cada criança o direito de ter sucesso. Essa experiência começa em casa. Os pais precisam ensinar que não só o campeão do SuperBowl [campeonato nacional de futebol americano] merece ser festejado, mas também o da feira de ciências da escola. O sucesso é resultado de disciplina e trabalho duro".

A educação é a porta para o futuro: "Quando uma criança chega na escola, deve encontrar um ambiente instigante de oportunidades. Precisamos melhorar a educação nas escolas públicas. Se algum estado me apresentar um plano, estou pronto a apoiar. Sabemos o que é preciso para nossas escolas", arguiu, para citar o exemplo de uma escola dominada por gangues que foi recuperada no colorado, onde os formandos agradeceram à nova direção.

"Na Coreia do Sul, os professores são conhecidos como os construtores da nação. Nos EUA, é hora daqueles que cuidam dos nossos filhos terem o mesmo respeito. Queremos recompensar os bons professores e parar de arrumar desculpas para os ruins", alertou o presidente americano.

A educação não termina com o diploma de segundo grau: "Todos devem ter direito a fazer um curso superior". Obama defendeu a manutenção de um subsídio. O presidente da Câmara e os republicanos não aplaudiram.

"Precisamos atacar o problema da imigração ilegal, reforçar as fronteiras e resolver a situação dos milhões que vivem na clandestinidade", argumentou, pedindo apoio parlamentar para reformar a lei de imigração.

Ao mesmo tempo, "vamos parar de mandar embora gente boa e talentosa. Precisamos investir na infraestrutura, em um sistema de estradas de ferro e na Internet de alta velocidade. Isso gera empregos. Estou propondo que redobremos esses esforços para recuperar estradas e pontes, atrair financiamento privado. Queremos dar acesso a trens de alta velocidade a 80% dos americanos. A proposta é conectar todo o país à era digital."

Para estimular a geração de empregos, "hoje à noite, estou pedindo a deputados republicanos e democratas para reduzir o imposto sobre empresas sem aumentar o déficit. Isso pode ser feito".

Para que as empresas vendam mais ao exterior, "criamos a meta de dobrar as exportações até 2014. Na semana passada, fechamos o acordo de livre comércio com a Coreia do Sul. Peço ao Congresso que o ratifique assim que possível" e o mesmo em relação aos acordos com o Panamá e a Colômbia, além de discutir o livre comércio na Ásia e no Pacífico.

Ao fazer o balanço do governo, Obama defendeu a reforma da saúde dizendo que diminui a exploração dos pacientes pelas empresas de seguro médico. "Tudo pode ser melhorado", reconheceu Obama.

"Podemos começar já reduzindo o peso sobre as pequenas empresas. O que eu não quero é voltar ao dia em que as empresas podiam negar cobertura por problemas preexistentes", comparou. "Não posso dizer a um paciente de câncer que o tratamento dele não vai mais ser pago. Vamos corrigir o que precisa ser corrigido e ir em frente, em vez de voltar às batalhas dos dois últimos anos."

É hora de atacar a dívida de US$ 14,3 trilhões, cujo crescimento começou nos governos de George W. Bush: "Vivemos com um endividamento que começou há dez anos. Agora que o pior da recessão passou, temos de encarar o fato de que o governo vive além do que arrecada. Muita gente luta para acertar o orçamento. Eles merecem um governo que faça o mesmo."

"Estou propondo um congelamento no orçamento não militar da União por cinco anos", adiantou o presidente. "Isso vai representar uma redução de US$ 400 bilhões no déficit ao longo dos próximos dez anos. Tem gente aqui querendo mais cortes. Estou disposto a negociar o que for possível, mas não podemos cortar no apoio à velhice, no investimento para a educação, o que equivaleria a jogar fora o motor de um avião em dificuldades."

A Comissão Bipartidária sobre o Envididamento Público concluiu que é preciso cortar gastos excessivos em todos os setores. "Estou aceitando uma proposta que os republicanos fizeram o ano passado, de limitar as ações judiciais contra médicos e empresas do setor. Não podemos colocar em risco os mais vulneráveis."

"É o momento de fazer os duros acordos necessários para cortar o déficit. Não podemos conquistar o futuro com um governo do passado. Vou apresentar uma proposta para modernizar a administração pública dos EUA para aumentar a fé do cidadão nas instituições governamentais", prometeu. "O que aconteceu com seus impostos você vai poder conferir na Internet."

Em seguida, prometeu vetar as emendas individuais de parlamentares.

"Um governo do século 21, aberto e confiante, que vive dentro de seus meios, com novas ideias, vai nos levar a um novo nível de engajamento nas relações exteriores. Os EUA têm de fazer coalizões e dar exemplo moral, de justiça e dignidade."

Depois da desmoralização internacional da era Bush, "a posição dos EUA foi restaurada. Cerca de 180 mil soldados americanos saíram do Iraque de cabeça erguida. Os EUA pararam de patrulhar as ruas, a violência está diminuindo..." Para dizer a verdade, cerca de 150 xiitas foram mortos em atentados na última semana. Não é exatamente um clime de paz.

"Enquanto falamos, a rede terrorista Al Caeda está conspirando contra nós", observou. "Estamos respondendo às ameaças internas com o apoio na comunidade e a convicção de que os muçulmanos fazem parte da família americana."

"Também levamos a luta contra a Al Caeda ao exterior, no Afeganistão. Ao impedir os Talebã de retomar o poder, vamos evitar que Al Caeda encontre lá um refúgio seguro. Mas em julho vamos começar a trazer nossos soldados de volta para casa", reafirmou, renovando uma promessa de campanha.
"No Paquistão, Al Caeda está sob pressão como nunca. Mandamos uma mensagem: não vamos descansar enquanto não derrotarmos vocês."

"A liderança dos EUA também está no controle das armas de destruição em massa. Ao aprovar o novo acordo de redução de armas estratégicas com a Rússia, o Congresso contribuiu para um mundo mais seguro", agradeceu.

O Irã deve enfrentar sanções mais duras para não fazer a bomba atômica, ameaçou Obama, mas a república islâmica prefere ignorar os apelos do resto do mundo.

"Fortalecemos a OTAN, nos aproximamos da Rússia. Vou ao Brasil, Chile e El Salvador para forjar novas alianças", anunciou, na segunda e breve referência à América Latina. Antes, o presidente tinha pedido ao Congresso a aprovação dos acordos de liberalização comercial negociados com a Colômbia e o Panamá.

"No Sul do Sudão, com ajuda americana, o povo finalmente pode votar num plebiscito prometido desde o acordo de paz. Vimos o mesmo desejo de liberdade na Tunísia. Os EUA estão ao lado do povo da Tunísia e apoiam as aspirações democráticas de todos os povos", falou Obama, sem citar o aliado Egito, onde dezenas de milhares de pessoas protestaram nas ruas e pelo menos três morreram. "Não devemos nos esquecer que os valores pelos quais lutamos estão nos corações das pessoas do mundo inteiro."

Outra promessa de campanha foi acabar com a lei que permite que homossexuais sirvam nas Forças Armadas dos EUA desde que não assumam publicamente a orientação sexual: "Hoje vamos falar com uma só voz, apoiar nossas tropas no exterior. Nossos soldados vêm de todos os povos e religiões deste país. Alguns são gays. A partir deste ano, ninguém será proibido de servir às Forças Armadas por causa de quem ama."

Em um apelo à união acima das diferenças dos partidos: "É hora de ir em frente como uma nação unida! Não devemos ter ilusões sobre o trabalho à frente, reformar escolas, mudar a energia, reduzir o déficit. Tudo será difícil. Vamos discutir cada ponto, os custos, os detalhes...

"Alguns países não têm esse problema. O governo central decide tudo, uma nova estrada, a censura a uma notícia. Mas, com toda a confusão da nossa democracia, ninguém aqui trocaria esse país por qualquer outro no mundo", proclamou, apelando ao nacionalismo.

"Temos diferenças de opinião, mas acreditamos na nossa Constituição e no mesmo sonho: este é um país onde tudo é possível, não importa quem você seja". Um exemplo: o presidente da Câmara, o deputado republicano John Boehner, que começou varrendo o chão do negócio do pai e é hoje o terceiro homem mais poderoso dos EUA.

No meio do caminho, foi lobista da indústria do tabaco e distribuiu cheques no plenário da Câmara, mas ninguém lembra disso na hora de fazer média.

A seguir, Obama homenageou o empresário que descreveu como o homem que criou a sonda que cavou o túnel por onde os mineiros do Chile escaparam, depois de ficar 69 dias enterrados vivos a 622 metros de profundidade. "Nós fazemos grandes coisas".

Com um desafio de criar "um mundo melhor além do horizonte", resgatando a promessa de campanha de ressuscitar o sonho americano, Obama encerrou um discurso longo e moderado, sem o impacto de seus grandes discursos como o realizado recentemente em homenagem às vítimas do massacre no Arizona.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Economia do Reino Unido encolheu 0,5%

economia do Reino Unido encolheu 0,5% no último trimestre do ano passado, ressuscitando o fantasma de uma recessão dupla, agravada pelos maiores cortes orçamentários da história do país.


Foi uma decepção para os analistas de mercado do centro financeiro de Londres, que previam crescimento de 0,5%.

FMI aumenta previsões de crescimento

O Fundo Monetário Internacional melhorou sua previsão para crescimento mundial deste ano, elevando-o para 4,75%. A Eurozona deve avançar 1,5% e o Brasil, 4,5%, em vez dos 4,1% do cálculo anterior.

A política de imprimir mais dólares e a extensão dos cortes de impostos acertada no fim do ano passado melhoraram a perspectiva de crescimento dos EUA para 3%, acrescentou o Fundo. 

Egípcios protestam contra ditadura de Mubarak

Cerca de 15 mil manifestantes enfrentaram hoje a polícia do Egito no Cairo, num protesto contra a inflação, o desemprego e a corrupção inspirado pela revolução na Tunísia, onde continua a pressão pelo afastamento do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi.

Pelo menos três pessoas morreram, dois manifestantes na cidade de Suez e um policial.

Putin promete vingar atentado em Moscou

primeiro-ministro Vladimir Putin prometeu hoje “vingança” pelo atentado que matou 35 pessoas ontem e feriu outras 152 no maior aeroporto de Moscou.

Hoje, foram divulgadas imagens do momento da explosão captadas pelas cameras de segurança do setor de desembarque internacional do aeroporto de Domodedovo. Há suspeita de que dois terroristas, um homem e uma mulher, tenham se detonado. 

O presidente Dimitri Medvedev criticou duramente hoje a segurança do principal aeroporto. A direção do aeroporto respondeu que a segurança no saguão de desembarque cabe à polícia. 

Cerca de 110 feridos continuam hospitalizados. A mídia russa denuncia o fracasso da política do Kremlin para o Cáucaso, onde há rebeliões muçulmanas na Chechênia, no Daguestão e na Inguchétia.

Obama foca discurso em economia e empregos

O presidente Obama deve dar ênfanse à economia e à geração de empregos, ao prestar contas hoje ao Congresso, no discurso anual do presidente dos Estados Unidos sobre o Estado da União.


Com 9,4% de desemprego e incerteza sobre a economia, o emprego deve ser um tema central, Obama vai sugerir investimentos em educação, ciência, tecnologia, energia, tentando orientar o debate para o futuro


Como os republicanos estão comprometidos com cortes agressivos de gastos, será também um teste para ver se os partidos se entendem em torno de uma agenda bipartidária, o que parece bastante difícil.

Indicado pelo Hesbolá vai chefiar governo libanês

empresário Najib Mikati foi nomeado primeiro-ministro do Líbano hoje pelo presidente Michel Suleiman, com o apoio da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), mas nega seguir a linha ideológica do partido.

Depois de descrever a indicação como um "golpe de Estado", o ex-primeiro-ministro Saad Hariri pediu calma a seus partidários, que bloquearam ruas com barricadas de fogo e queimaram um carro da TV Al Jazira.

Candidato do governo do Haiti deve se retirar

Depois de um relatório da OEA denunciando fraude no primeiro turno da eleição presidencial, o candidato Jude Celestin, apoiado pelo presidente René Preval, pode abandonar a disputa, revelou hoje um assessor próximo. O anúncio oficial deve ser feito amanhã.


O segundo turno seria disputado por Mirlande Manigat, viúva do ex-presidente Leslie Manigat, e pelo cantor pop Michel Martelly.

AIEA pede mais acesso a instalações no Irã

diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, declarou hoje que não sabe se o programa nuclear do Irã está desenvolvendo armas atômicas e pede acesso sem restrições às instalações nucleares do país.

Atirador do Arizona nega culpa

O atirador Jared Lee Loughner, que matou seis pessoas e feriu outras 13 em Tucson, no Arizona, em 8 de janeiro de 2011, inclusive a deputada democrata Gabrielle Giffords, declarou-se inocente diante de um tribunal federal dos Estados Unidos.

Uma estratégia da defesa pode ser que ele estava tão perturbado mentalmente na hora do ataque que não sabia o que está fazendo. Assim, não poderia ser condenado.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Exército garante revolução na Tunísia

O comandante do Exército da Tunísia, general Rachid Ammar, prometeu hoje garantir a revolução, proteger a Constituição e defender o povo durante a transição para a democracia. É o mesmo Exército que disse a Zin el-Abidine Ben Ali que ele estava acabado, levando o ditador a fugir do país há oito dias.

Depois de pedir desculpas por não intervir na crise, o presidente Nicolas Sarkozy, que na verdade apoiava Ben Ali, assim como o resto da Europa, os Estados Unidos e até o Brasil, prometeu a ajuda da França, especialmente econômica, para a transição democrática.

A Revolução de Jasmim ainda enfrenta resistência. Manifestantes passaram a noite fazendo vigília junto à sede da chefia do governo para exigir a saída do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, um velho aliado de Ben Ali, que está no cargo desde 1999.

Durante o dia, os rebeldes enfrentaram a polícia, que usou gás lacrimogênio para dispersar a manifestação diante do escritório do primeiro-ministro.

Mais preocupante foi a prisão do dono do canal de televisão Hannibal TV, acusado de "traição" e de incitar à violência e à rebelião contra o governo, mas apresentado como aliado do ditador deposto.

A TV chegou a sair do ar por algumas horas, num sinal de que a censura ainda não foi extinta.

Japão aciona Forças Armadas contra gripe aviária

O governo do Japão convocou as Forças Armadas para sacrificar mais 410 mil avos e tentar conter um surto de gripe aviária causada pelo vírus H5N1.

As tropas serão enviadas a uma fazenda da cidade de Miyazaki onde 20 frangos foram encontrados mortos. Com o extermínio de todas as aves criadas na região, as autoridades sanitárias japonesas esperam evitar a propagação da doença.

Mais de 10 mil frangos foram mortos numa granja vizinha.

Os carros que entram e saem da cidade também estão sendo desinfetados.

Só no ano passado, mais de 300 mil aves foram sacrificadas em Miyazaki para combater um surto de febre aftosa. Os habitantes da cidade indagam o que pode ser feito para acabar com as doenças de animais na cidade, que faturou no ano passado o equivalente a R$ 1,3 bilhão com a criação de aves.

Hesbolá tem apoio para indicar primeiro-ministro

A milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) já tem o apoi maioria de 65 deputados para aprovar a indicação de um empresário moderado, Najib Mikati, para novo primeiro-ministro do Líbano, mas o ex-primeiro-ministro Saad Hariri recusa-se a trabalhar com a milícia, que forçou a queda de seu governo.

O grupo xiita quer que o país se desligue do tribunal da ONU que investiga a morte do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, pai de Saad, em que pode ser implicado. Derrubou o governo para não ser incriminado. Os partidários de Saad Hariri denunciam um golpe de estado.

Terror mata 35 em aeroporto de Moscou

Um atentado terrorista suicida atingiu hoje à tarde o aeroporto  internacional Domodedovo, o maior de Moscou. Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 180 saíram feridas. Trinta estão em estado grave.

O homem-bomba se detonou por volta das 16h30 na capital da Rússia, 11h30 pelo horário de Brasília, no setor de desembarque de voos internacionais, onde havia centenas de pessoas, com o objetivo de promover uma carnificina.

A suspeita recai sobre fundamentalistas muçulmanos ligados aos conflitos no Norte do Cáucaso, como a guerra civil na Chechênia. O último grande atentado terrorista em Moscou havia sido em 29 de março de 2010, quando duas mulheres-bomba se explodiram em pontos diferentes do metrô da cidade, matando 40 pessoas. 

ANP ofereceu concessões demais a Israel

Mais de 1,6 mil documentos obtidos pela rede de TV árabe Al Jazira revelam que os negociadores palestinos ofereceram secretamente concessões em 2008 como aceitar todos os assentamentos israelenses no setor árabe de Jerusalém menos um e reduzir o número dos refugiados que teriam direito de retorno. Isso seria uma traição ao povo palestino.

Durante visita ao Egito, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, negou a oferta. O negociador Saeb Erekat é citado tentando convencer os israeleses com o argumento de que “esta é a maior Jerusalém da História de Israel”; hoje, negou tudo, descrevendo os documentos como “um monte de mentiras"

A Organização para a Libertação da Palestina acusou o emir do Catar, sede d’al Jazira, de aprovar o vazamento dos documentos.

Obama faz contraofensiva com gastos públicos

O presidente Obama faz amanhã à noite o discurso sobre o Estado da União (7154), a prestação anual de contas do presidente ao Congresso dos EUA. Seu tema principal deve ser a geração de empregos.

Em contraste com a sanha de cortar gastos da oposição republicana, vai propor aumento de gastos em educação, infraestrutura, pesquisa científica e energias renováveis.

Aço pode subir 66% em 2011

O preço do aço deve subir até 66% neste ano, adverte hoje o jornal inglês Financial Times.

Trichet adverte para risco de inflação mundial

Diante do aumento da inflação mundial, o presidente do Banco Central da Europa, Jean-Claude Trichet, alerta, em entrevista ao Wall St. Journal, que pode ser necessário aumentar os juros, apesar da debilidade de algumas economias.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cavaco Silva é reeleito presidente de Portugal

Com 53% dos votos, o presidente e ex-primeiro-ministro conservador Aníbal Cavaco Silva foi reeleito hoje presidente de Portugal.

Cavao Silva venceu o poeta socialista Manuel Alegre, que recebeu 19,5%, e o médico Fernando Nobre, que fico em terceiro com 13,9%.

A abstenção, de 53%, foi recorde.

Dois aliados de Ben Ali são presos na Tunísia

Dois aliados do ex-ditador da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali foram presos. Uma comissão vai investigar a responsabilidade pelas mortes durante os protestos, que o governo diz que foram 78, mas a ONU já fala em pelo menos 117.

Os manifestantes romperam mais uma vez a barreira que cerca a sede da chefia de governo, exigindo a demissão do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, um aliado do ex-ditador Zine Ben Ali, no poder desde 1999 e de todos os ministros ligados ao antigo regime. 

Moradores da capital deram comida aos manifestantes vindos do interior na chamada "caravana da liberdade", que partiu da cidade onde Mohamed Bouazizi se autoimolou em 17 de dezembro de 2010, deflagrando a chamada Revolução de Jasmin.

Israel conclui que ataque a flotilha foi legal

O relatório oficial de Israel considerou legal o ataque à Flotilha da Liberdade em que nove militantes que tentavam furar o bloqueio israelense à Faixa de Gaza foram mortos, em 31 de maio de 2010.

A Turquia repudiou as conclusões.

Chanceler propõe Estado palestino provisório

O chanceler linha dura de Israel, Avigdor Lieberman, fez um plano para criar um Estado nacional palestino com fronteira provisórias em 42% da Cisjordânia ocupada para acelerar as negociações.


Sua proposta preserva as colônias judaicas e prevê que os palestinos fiquem com cerca de 50% da Cisjordânia ocupada. Isso é inaceitável para a Autoridade Nacional Palestina.

Irã quer diálogo que Israel considera inútil

O presidente Mahmoud Ahmadinejad quer mais negociações com as grandes potências, enquanto o vice-primeiro-ministro de Israel Silvan Shalom descreveu o diálogo como “uma perda de tempo”.

Shalom afirmou que "o Irã jamais vai desistir de fazer a bomba atômica porque isso faz parte do projeto de recriar o Império Persa".

A saída do ministro da Defesa e também vice-primeiro-ministro Ehud Barak do Partido Trabalhista é vista como um reforço ao núcleo mais linha dura do governo, favorável a um ataque contra as instalações nucleares do Irã.

Cavaco Silva deve ser reeleito hoje em Portugal

O presidente e ex-primeiro-ministro conservador de Portugal Aníbal Cavaco Silva deve ser reeleito hoje, no primeiro turno.

Como o governo socialista do primeiro-ministro José Sócrates é minoritário na Assembleia da República, Cavaco Silva tem sido importante para pressionar a direita a aprovar as duras medidas recessivas de cortes de gastos para controlar o déficit público e combater a crise da dívida pública.

Portugal precisa crescer. Por causa da crise, o atual governo socialista parece destinado a perder as próximas eleições. O Partido Social-Democrático (PSD), de Cavaco Silva, de centro-direita, é o favorito.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Groenlândia teve degelo recorde em 2010

A quantidade de gelo derretido na Groenlândia no ano passado foi recorde, concluíram cientistas do City College de Nova York, nos Estados Unidos. Superou o recorde anterior, de 2007, e foi duas vezes maior do que a média anual das últimas duas décadas.

O total de gelo fundido na grande ilha próxima ao Pólo Norte foi estimado em 530 bilhões de toneladas.

Se todo o gelo da Groenlândia derreter, o nível dos mares vai subir sete metros, alagando cidades e áreas costeiras em todo o planeta

Diálogo sobre questão nuclear do Irã fracassa

Terminou hoje sem sucesso mais uma rodada de negociações sobre o programa nuclear do Irã, suspeito de estar desenvolvendo armas atômicas. As conversas foram retomadas no mês passado em Genebra, na Suíça, e ontem e hoje em Istambul, na Turquia.

A comissária europeia Catherine Ashton, representante das grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha declarou que as potências mundiais ficaram “desapontadas” porque nenhuma de suas propostas foi aceita.

O principal negociador iraniano, Said Jalili insistiu no direito do país a enriquecer urânio para fins pacíficos, ignorando as resoluções da ONU que proíbem o enriquecimento e exigiu o fim das sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança.

Em Washington, os EUA disseram que o diálogo continua.

Primeiro-ministro irlandês renuncia à liderança do partido

Em meio à pior crise econômica desde que a Irlanda entrou para a Comunidade Europeia, em 1973, o primeiro-ministro Brian Cowen renunciou à liderança do partido Fianna Fáil. Ele fica na chefia do governo até as eleições de 11 de março.

A Irlanda foi um dos países que mais sofreram com a crise econômico-financeira internacional de 2008-09. Com o colapso do mercado imobiliário, os bancos ficaram altamente endividados. O governo, que tinha as contas públicas em ordem, assumiu o prejuízo dos bancos para não assustar os investidores.

Em consequência, o déficit público da Irlanda em 2010 subiu para 32%, levantando dúvidas no mercado sobre a capacidade do país de honrar suas dívidas.

Sob pressão do Fundo Monetário Internacional e dos aliados da União Europeia, que temiam a contágio para outros países em dificuldades como Portugal e Espanha, a Irlanda negociou uma ajuda de 85 bilhões de euros. Em troca, anunciou cortes de gastos e aumentos de impostos de 15 bilhões de euros nos próximos quatro anos, o que agrava a crise econômica.

No mês passado, depois da aprovação desse orçamento de crise, o primeiro-ministro convocou eleições parlamentares antecipadas para 11 de março de 2011. Sob pressão da renúncia de vários ministros, Cowen decidiu deixar a liderança do partido para que um novo nome conduza a campanha eleitoral rumo a uma derrota praticamente certa.

Protesto na Albânia deixa três mortos

Uma grande manifestação para exigir a renúncia do governo da Albânia terminou com a morte de pelo menos três pessoas.

A origem do conflito está nas eleições de 2009, vencidas pela direita, em meio a acusações de fraude. O primeiro-ministro Sali Berisha acusou a esquerda.

A União Europeia fez um apelo aos albaneses que resolvam o problema através do diálogo.

Polícia adere à revolução na Tunísia

A polícia, que era um sustentáculo da ditadura de Zine al-Abidine Ben Ali, adere à Revolução de Jasmin na Tunísia, pedindo liberdade, aumento salarial e a criação de um sindicato. Ben Ali fugiu há oito dias para a Arábia Saudita, depois de governador o país por 23 anos.

Em entrevista à televisão, o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, no poder há 11 anos, prometeu deixar a política após as próximas eleições, que devem ser realizadas em dois meses, indenizar as vítimas de abusos e processar os parentes e assessores de Ben Ali acusados de corrupção e abuso de poder.

Apesar das promessas, os rebeldes romperam a barreira que cercava o escritório do primeiro-ministro para exigir o afastamento imediato de todos os políticos ligados ao antigo regime.

Mais de 1,2 mil manifestantes presos desde o início das manifestações por “espalhar o terror” foram soltos, mas 382 podem ser processados por atos de violência.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Blair admite que guerra do Iraque foi ilegal

De volta ao inquérito sobre as causas do envolvimento do Reino Unido na invasão do Iraque, o ex-primeiro-ministro Tony Blair rejeitou hoje em Londres a alegação de subserviência em relação aos EUA, mas admitiu que sabia que a intervenção seria ilegal sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU.

Blair alegou que Saddam Hussein era uma ameaça para a região e o mundo, por isso tomou a decisão política de ir à guerra, na esperança de que sua assessoria jurídica mudasse de posição depois de discutir o assunto com o governo George W. Bush. Também disse que tinha se comprometido em 2002 a acompanhar a posição americana. 

Do lado de fora, manifestantes protestaram, exigindo que Blair seja processado por crimes de guerra.

Porta-voz de Cameron cai por escuta ilegal

O diretor de comunicações do governo do Reino Unido, Andy Coulson, cai por ter mandado repórteres fazerem escutas ilegais quando era editor-chefe do tabloide News of the World.

Coulson rejeita a acusação, mas alega não ter condições de exercer suas funções no governo. O primeiro-ministro David Cameron lamentou sua saída.

Ben Laden ameaça França por causa do Afeganistão


Em nova mensagem de som, o terrorista saudita Ossama ben Laden, líder da rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, adverte que a França vai pagar um alto preço por participar da guerra no Afeganistão. 

Vários franceses têm sido alvo de ataques da Al Caeda no Maghreb, no Norte da África.

Tunísia faz luto por mortos na rebelião

A Tunísia começou hoje um luto de três dias em memória dos mais de cem mortos na revolta popular que derrubou o ditador Zine Ben Ali. Há uma semana, ele fugiu do país, depois de governá-lo por 23 anos.


As manifestações perderam força, mas o carro de um ministro foi cercado diante do gabinete do primeiro-ministro, em protesto contra a presença de membros do antigo partido do governo no governo provisório.

Irã se nega a discutir enriquecimento de urânio

O principal negociador do Irã para a questão nuclear, Said Jalili (5196), se recusou a discutir o enriquecimento de urânio hoje, no primeiro dia do reinício do diálogo com as grandes potências mundiais, em Istambul, na Turquia.

A república islâmica sofre uma grande pressão internacional porque estaria desenvolvendo armas nucleares. Assim como a Coreia do Norte, tenta ganhar tempo com as negociações para se tornar uma potência nuclear.

EUA advertem China sobre Coreia do Norte

Durante a visita do presidente Hu Jintao, os EUA advertiram a China de que vão reforçar sua presença militar na Ásia, se o regime comunista chinês não controlar a Coreia do Norte, que acaba de aceitar as condições da Coreia do Sul para reiniciar o diálogo em torno de seu programa nuclear.



O presidente chinês terminou, em Chicago, hoje uma viagem de quatro dias pelos EUA, onde pediu maior acesso da China à alta tecnologia americana.

BofA tem prejuízo bilionário

O Bank of America perdeu US$ 1,2 bilhão no último trimestre de 2010.

Revenda de imóveis aumenta nos EUA

A venda de imóveis residenciais usados subiu 12,3% em novembro nos EUA, enquanto caía o início da construção de casas novas.

Lucro da GE subiu 51%

O lucro da General Eletric, maior empresa industrial dos EUA, teve um aumento de 51% no lucro no quarto trimestre de 2010, ganhando US$ 12,6 bilhões.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Hu: China não entra em corrida armamentista

No único discurso político de sua visita oficial aos Estados Unidos, durante uma reunião-almoço com empresários, o presidente Hu Jintao afirmou que a China não vai entrar numa corrida armamentista, ameaçar outros países nem adotar políticas expansionista.

Hu disse estar construindo uma "nação socialista moderna" e insistiu em que "Taiwan e o Tibete são questões de soberania nacional e integridade territorial da China".

Terror mata mais 50 no Iraque

Duas explosões coordenadas mataram pelo menos 50 peregrinos xiitas e feriram outras 150 na cidade sagrada de Carbalá, no Iraque.

Coreias retomam diálogo entre militares

Coreia do Sul aceita o convite da Coreia do Norte para diálogo militar de alto nível e agradece aos EUA e à China pelo interesse no assunto.

O governo sul-coreano também agradeceu à China e aos Estados Unidos por manifestarem interesse na plena pacificação da península coreana durante a visita oficial do presidente Hu Jintao a Washington. Hu defendeu a desnuclearização das Coreias.

Irlanda convoca eleições para 11 de março

Sob pressão da pior crise econômica desde que a Irlanda entrou para a Comunidade Europeia, em 1973, o primeiro-ministro Brian Cowen antecipou para 11 de março as próximas eleições parlamentares.

China vê EUA reconhecendo seu poder

jantar de gala oferecido ontem à noite na Casa Branca ao presidente Hu Jintao, normalmente reservado apenas a aliados próximos dos Estados Unidos, é descrito na China como reconhecimento do status de superpotência econômica do país.

Hoje, Hu Jintao se encontra com líderes partidários no Congresso, onde deve ouvir duras críticas sobre direitos humanos, expansionismo militar e manipulação do câmbio.

• Taiwan fez dois dias de exercícios militares, com testes de mísseis, numa alerta à China de que a ilha pode se defender (4131).

Mortos na Costa do Marfim já são 260

As Nações Unidas criticaram hoje mais uma vez o desrespeito aos direitos humanos na Costa do Marfim e elevaram para 260 o total de mortos na crise gerada pela resistência do presidente Laurent Gbagbo em deixar o poder depois de perder a eleição presidencial de 28 de novembro.

Gbagbo declarou vitória depois que o supremo tribunal anulou os votos de regiões onde o oposicionista Alassane Ouattara ganhou. Ouattara é reconhecido internacionalmente como vencedor. 

O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, enviado especial da União Africana, intimou mais uma vez Gbagbo a deixar o cargo ou enfrentar uma ação militar, sem sucesso.

Ex-presidente Aristide também quer voltar ao Haiti

Depois do ex-ditador Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide quer voltar ao Haiti.

Primeiro presidente eleito democraticamente da história do país, Aristide foi derrubado por um golpe militar em 1991, sete meses depois da posse. Reinstaurado no cargo por uma intervenção militar dos Estados Unidos, concluiu o mandato de 1994 a 1996.

Reeleito em 2001, voltou a cair em 29 de fevereiro de 2004, sob pressão da França e dos EUA, em meio a uma rebelião.

EUA prendem mais de 100 mafiosos

polícia federal dos EUA prendeu hoje mais de 100 suspeitos de pertencer à mafia nos estados de Nova York, Nova Jérsei e Rhode Island, sob acusações de assassinato, extorsão e suborno.

É a maior prisão de mafiosos já feita em Nova York.

China confirma crescimento de 10,3% em 2010

China confirmou agora há pouco que cresceu 10,3% em 2011, a maior taxa entre as maiores economias do mundo, acima dos 9,2% de 2009 e da expectativa média dos economistas, que era de 10,1%.

No último trimestre do ano passado, a segunda maior economia do mundo se expandiu num ritmo anual de 9,8%, acima dos 9,6% do trimestre anterior, o que deve manter a preocupação das autoridades chinesas com o superaquecimento, a inflação e a formação de bolhas especulativas.

A inflação caiu de 5,1% para 4,6%, mas ainda preocupa. A tendência é pisar no freio, provavelmente com novas altas de juros para baixar a inflação para a meta, de 4% ao ano. As vendas no varejo avançaram 18%, indicando um fortalecimento do mercado interno. A produção industrial subiu 17%. 

O país já tem o terceiro maior custo trabalhista entre os emergentes da Ásia, atrás apenas da Malásia e da Tailândia.

• A China vai vender títulos de sua dívida pública denominados em iuãs no mercado japonês.

Eisenhower tinha razão

Há 50 anos, antes de deixar a Presidência dos Estados Unidos no fim de um segundo mandato, o general Dwight Eisenhower, comandante militar aliado na Segunda Guerra Mundial, fez uma advertência profética sobre o "complexo industrial-militar".

"Nas reuniões de governo, precisamos estar atentos para evitar a conquista de uma influência indevida, desejada ou não, pelo complexo industrial-militar", declarou Eisenhower. "O potencial para o crescimento desastroso e o abuso de poder existe e vai continuar a existir."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Loughner é denunciado por assassinato

Um tribunal do júri federal dos Estados Unidos aceitou hoje a denúncia contra Jared Lee Loughner por tentativa de assassinato da deputada federal Gabrielle Giffords e o assassinato de dois assessores da parlamentar em 8 de janeiro de 2011, em Tucson, capital do estado do Arizona.

Ao todo, Loughner matou seis pessoas e feriu outras 13. O alvo do ataque foi a deputada democrata Gabrielle Giffords, que pode sair hoje do Centro Médico da Universidade do Arizona em Tucson nesta quinta-feira e ser levada para um centro de reabilitação em Houston, no Texas.

Popularidade de Obama cresce

A popularidade do presidente Barack Obama cresceu de 45% para 53% desde dezembro, indica uma pesquisa do jornal Wall St. Journal e da TV NBC.

Com a maioria dos americanos vendo seu presidente como um político moderado, em contraste com o movimento radical de direita Festa do Chá, o índice de desaprovação do governo Obama caiu de 48% para 41%.

Hu quer relação em torno de interesses comuns

Durante visita de estado aos Estados Unidos, o presidente da China, Hu Jintao, deixou claro que as relações entre os dois países só podem ser construídas em torno de interesses comuns, rejeitando assim implicitamente as pressões para valorizar a moeda chinesa, estimular o consumo interno e aumentar as importações.

A China não vai mudar nem o modelo econômico nem o modelo político que a transformaram numa superpotência mundial em ascensão que vai se tornar a maior economia do mundo até 2020.

Na introdução da entrevista coletiva hoje à tarde, ao lado do presidente Barack Obama, o dirigente máximo chinês falou em "expandir a cooperação em torno de interesses comuns, como os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã, a mudança do clima, terrorismo, crime transnacionacional e segurança alimentar".

"O fortalecimento da coordenação e da cooperação para manter a paz e a estabilidade" é importante para resolver problemas como, por exemplo, desnuclearizar a Coreia, acrescentou Hu. Isso implica que os EUA também não poderiam ter armas nucleares na Coreia do Sul.

Nas palavras do presidente Hu, "a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico e a abertura. É amiga de todos os países".

Obama evitou criticar abertamente a situação dos direitos humanos na China, apesar de publicamente ter pedido a libertação do dissidente Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2010. Reconheceu que houve uma grande evolução e muita mudança nos últimos 30 anos na China, com grandes conquistas em muitas áreas".

Inicialmente, Hu não entendeu a tradução do intérprete chinês e não respondeu. Lá pela terceira questão, alegou que não havia entendido que era uma pergunta e falou: "A China está comprometida com a proteção dos direitos humanos. Aceita e respeita a universalidade dos direitos humanos, mas entende que devem ser levadas em conta as circunstâncias de cada país". Terminou admitindo que "há muito a ser feito".

O líder chinês, que deixa o cargo em 2012, citou o aumento das viagens entre China e EUA como sinal do relacionamento cada vez maior dos dois povos. São 3 milhões de pessoas por ano, 7 a 8 mil por dia.

Diante da irresistível ascensão da China, Obama declarou que "os EUA admiram o desenvolvimento da China, o crescimento econômico sem precedentes. Os EUA não temem a ascensão da China. Acreditam que cria oportunidades econômicas. Queremos vender um monte de coisas para vocês".

Obama lembrou que o produto interno bruto dos EUA, de cerca de US$ 15 trilhões, ainda é três vezes maior do que o da China, que deve ter fechado 2010 com US$ 5,4 trilhões.

Ele observou que "a ascensão da China é potencialmente boa para o mundo na medida em que a China aja responsavelmente para controlar a proliferação das armas de destruição em massa, os conflitos regionais, a mudança do clima e ajude o desenvolvimento dos países mais pobres para promover estabilidade, segurança e prosperidade".

O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, não vai ao jantar de gala na Casa Branca, uma honraria concedida apenas a aliados, alegando que Hu é um ditador. É, mas isso não torna menos inevitável a relação com a China.

Na visão estratégica chinesa, o país saiu fortalecido ao driblar a Grande Recessão (2008-09) e se tornar a locomotiva da economia mundial. Não precisa mais fazer concessões aos EUA nem aceitar condições inferiores.

Sem a expectativa de mudar o regime cambial chinês, Obama disse que vê "as relações econômicas com a China como um todo. A moeda é apenas uma parte. Mas não podemos voltar a um mundo em que os americanos tomam empréstimos e consomem. É preciso reequilibrar a economia mundial".

De parte dos EUA, prosseguiu o presidente americano, "precisamos nos tornar mais competitivos, investir em educação, formar mais engenheiros do que advogados, melhorar a infraestrutura..." Curiosamente, China é um país de engenheiros, enquanto os EUA são um país de advogados.

"Queremos mais acesso ao mercado de compras governamentais na China", argumentou Obama, e maior proteção à propriedade intelectual.

No encontro com empresários, a Microsoft reclamou que só um em cada dez chineses paga para usar seus produtos. "A moeda é parte do problema", argumentou o presidente. "O renminbi está subvalorizado. A transição para tornar o iuã uma moeda internacional flutuando no mercado é mais lenta do que gostaríamos".

Uma questão central é a desconfiança mútua, o desafio estratégico na transição de uma potência hegemônica para outra em ascensão.

Para Obama, "os povos dos dois países devem entender os desafios do outro e não ver uma disputa. Os EUA não querem conter a China. Querem uma China que ajuda a reforçar as normas e regras da paz e segurança internacionais, em vez de ser uma fonte de conflitos".

Hu respondeu que "nenhum país sozinho pode atacar problemas globais como mudança do clima, pirataria, crime transnacional e terrorismo. Quando estão todos no mesmo barco, é preciso remar na mesma direção. É preciso aumentar a coordenação e a cooperação, e acomodar os interesses e diferenças".

A China está dizendo que a partir de agora a cooperação é nos seus termos. O país está em plenas condições de dizer não e ir contra as posições dos EUA. Pode não remar e até remar na direção contrária.

Câmara repele reforma da saúde de Obama

Por 245 votos contra 189, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, agora com maioria da oposição republicana, decidiu repelir a reforma da saúde do governo Barack Obama.

A proposta agora segue para o Senado, onde os democratas têm maioria e não pretendem sequer examinar a questão.

Rejeição a Sarah Palin chega a 56%

A ex-governadora do Alasca e ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin é uma das figuras políticas mais amadas e odiadas hoje da política dos Estados Unidos. Queridinha do movimento radical de direita Festa do Chá, ela enfrenta a rejeição de 56% do eleitorado, indica uma pesquisa do grupo Opinion Research para a rede de televisão CNN.

Essa rejeição inviabiliza seu sonho de concorrer à Casa Branca. O resto do mundo agradece.

EUA e China fazem acordos de US$ 45 bilhões

No segundo dia da visita de Estado do presidente Hu Jintao, a China e os Estados Unidos anunciaram hojw acordos comerciais no valor de US$ 45 bilhões. Sem sucesso nas pressões pela valorização do iuã, os EUA se concentram na tentativa de abrir o mercado interno da China.

Depois de um jantar reservado ontem à noite com o presidente Barack Obama na Casa Branca, o líder chinês tem hoje seu primeiro dia inteiro de trabalho nos EUA. Ele deve se encontrar com dirigentes de grandes empresas americanas como Microsoft, Intel e Coca-Cola. 

À noite, será homenageado com um jantar de gala. Antes, dará entrevista ao lado de Obama. 

Nas declarações públicas iniciais, no jardim da Casa Branca, Obama destacou a importância da cooperação num mundo interdependente e defendeu o respeito aos direitos humanos universais. Hu falou em trabalhar junto com uma perspectiva de longo prazo para fortalecer as relações bilaterais.

Sudão do Sul já tem votos para ser independente

Os votos apurados a favor da independência do Sudão do Sul no plebiscito realizado na semana passada já somam 2,2 milhões, superando os 50% dos 3,9 milhões de eleitores registrados. 


Os sudaneses do sul começam a aprender o hino nacional do país, que deve nascer daqui a seis meses.

Pasqua recorre contra condenação no Angolagate

Começa hoje na França o julgamento do recurso do ex-ministro da Defesa Charles Pasqua contra uma condenação por vender armas no valor de US$ 790 milhões para o governo de Angola durante a guerra civil, violando um embargo aprovado pela ONU.

Pasqua foi condenado a um ano de prisão.

Revolta popular mantém pressão na Tunísia

O governo provisório da Tunísia faz hoje sua primeira reunião, sob pressão dos protestos nas ruas para exigir a demissão de todos os ministros ligados ao governo anterior.

A desfiliação do presidente interino e do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi do partido Reunião Constitucional Democrática (RCD), do ex-ditador Ben Ali não foi suficiente. Milhares de pessoas saíram às ruas do centro de Túnis, a capital do país.

A Suíça bloqueou as contas do ex-ditador.

• A Liga Árabe se reuniu no Egito para discutir desenvolvimento e combate à pobreza, com os líderes temendo cada vez mais seus próprios povos.

Goldman Sachs ganha 52% menos

O lucro do banco Goldman Sachs caiu 52% no último trimestre de 2010 para US$ 2,39 bilhões.

Lucro da Apple sobe 78%

A Apple aumentou o lucro em 78% para US$ 6 bilhões, um recorde, no último trimestre de 2010. Mas as ações da empresa caíram 2,3% ontem por causa do afastamento do diretor-presidente Steve Jobs para tratamento de saúde.


O lucro da IBM subiu 10,5% no ano passado para US$ 14,8 bilhões.

Emprego na indústria cresce nos EUA

O número de empregos na indústria nos Estados Unidos subiu em 2010 pela primeira vez desde 1997. O aumento foi de 136 mil vagas.

Construção de casas diminui nos EUA

O início da construção de casas caiu 4,3% nos Estados Unidos em dezembro, projetando a construção de 529 mil casas em um ano. Mas o número de novos alvarás de construção, indicador da atividade futura do setor, avançou 16,7%.

Juros pagos por Portugal chegam a nível insustentável

Os juros pagos para rolar a dívida pública de Portugal chegaram a 7% ontem, revelou o Financial Times, diante da resistência da Alemanha em aumentar o fundo europeu de estabilização financeira. 


É o nível considerado insustentável dentro do próprio governo português.

Alemanha melhora expectativa de crescimento

A Alemanha aumenta para 2,3% a previsão de crescimento para 2011 (3185), mas o resto da Eurozona deve ficar estagnado pelos próximos dois anos.

China cresceu 10,3% em 2010

O crescimento da China deve ter superado 10% em 2010. O dado oficial sai amanhã. A TV Phoenix, de Hong Kong, antecipou que deve ficar em 10,3%.

Senado da Itália exige extradição de Battisti

O Senado da Itália aprovou hoje uma moção para exigir que o governo do país use todos os meios jurídicos disponíveis para conseguir a extradição do terrorista Cesare Battisti, condenado por quatro assassinatos quando pertencia ao grupo Proletários Armados pelo Comunismo, nos anos 70 e 80.

Num dos últimos atos de seu governo, o presidente Lula negou o pedido italiano, contrariando um tratado de extradição assinado entre os dois países.

Battisti afirma ser inocente, alegando que as únicas provas contra ele são denúncias de ex-companheiros que se beneficiaram da chamada "delação premiada", em que um réu tem sua pena reduzida se colaborar com a Justiça acusando comparsas.

A moção pede que em último caso a Itália recorra ao Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda.