quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Revolta no Egito tem seis mortos e 860 presos

governo do Egito proibiu manifestações, marchas e reuniões para tentar conter a maior onda de protestos em 33 anos. Em dois dias, pelo menos seis pessoas foram mortas e 860 presas. 

Apesar da ameaça do ministro do Interior de prender e processar os manifestantes, a multidão, convocada pelo Movimento 6 de Abril, de oposição liberal, desafiou a proibição.


Os manifestantes querem a queda do presidente Hosni Mubarak, um brigadeiro da reserva da Força Aérea que está no poder desde o assassinato do presidente Anuar Sadat em 1981, a dissolução do parlamento, a formação de um governo provisório de união nacional e eleições livres e democráticas.

A polícia tomou as ruas do Cairo, Alexandria, Suez e outras cidades, mas não conseguiu impedir os protestos.


Cerca de 3 mil pessoas se concentraram diante de um tribunal. Outro grupo se reuniu na frente da sede do sindicato dos jornalistas, onde normalmente as manifestações são toleradas. Mas não desta vez. A polícia usou cassetetes e gás lacrimogênio. 


Aos gritos de "Abaixo Mubarak!", os rebeldes rasgaram fotos e cartazes do ditador. Os protestos continuaram pela noite neste país de 80 milhões de habitantes onde a metade da população vive na miséria e 90% dos jovens estão desempregados.


O Movimento 6 de Abril convocou novas manifestações "até Mubarak cair".


• A sociedade internacional pediu diálogo e contenção. Os EUA disseram que é uma oportunidade para promover reformas políticas. A União Europeia pediu às autoridades egípcias que ouçam a voz do povo.

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