O comandante do Exército da Tunísia, general Rachid Ammar, prometeu hoje garantir a revolução, proteger a Constituição e defender o povo durante a transição para a democracia. É o mesmo Exército que disse a Zin el-Abidine Ben Ali que ele estava acabado, levando o ditador a fugir do país há oito dias.
Depois de pedir desculpas por não intervir na crise, o presidente Nicolas Sarkozy, que na verdade apoiava Ben Ali, assim como o resto da Europa, os Estados Unidos e até o Brasil, prometeu a ajuda da França, especialmente econômica, para a transição democrática.
A Revolução de Jasmim ainda enfrenta resistência. Manifestantes passaram a noite fazendo vigília junto à sede da chefia do governo para exigir a saída do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, um velho aliado de Ben Ali, que está no cargo desde 1999.
Durante o dia, os rebeldes enfrentaram a polícia, que usou gás lacrimogênio para dispersar a manifestação diante do escritório do primeiro-ministro.
Mais preocupante foi a prisão do dono do canal de televisão Hannibal TV, acusado de "traição" e de incitar à violência e à rebelião contra o governo, mas apresentado como aliado do ditador deposto.
A TV chegou a sair do ar por algumas horas, num sinal de que a censura ainda não foi extinta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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