Em uma tentativa de se manter no cargo, Mubarak deu posse ao novo ministério hoje e pediu ao novo vice-presidente, Omar Suleiman, que inicie um diálogo com os manifestantes.
Hoje, o Cairo amanhaceu calmo, mas logo a multidão começou a se concentrar na Praça Tahrir, no centro da capital egípcia.
A polícia voltou às ruas, de onde tinha saído na sexta-feira, abrindo espaço para uma onda de saques que a oposição atribuiu a uma tentativa do governo de gerar anarquia para jogar a população contra os manifestantes.
Com os bancos fechados pelo terceiro dia seguido, complicando ainda mais a vida cotidiana, os moradores do Cairo já tem dificuldade até para comprar comida.
Diante do caos nas ruas e do fechamento das pirâmides de Gizé, a maior atração turística do país, milhares de estrangeiros enfrentam longos engarrafamentos e longas filas no aeroporto para sair do Egito.
O governo egípcio fechou o escritório da TV Al Jazira no Cairo. Vários jornalistas árabes disseram ter sido atacados por suspeita de pertencerem ao canal de notícias do Catar.
No fim da tarde, pela terceira noite seguida, os manifestantes desafiaram o toque de recolher e se concentraram na Praça Tahrir exigindo a queda do ditador. A massa cercou os 14 tanques de fabricação americana estacionados na praça.
Cabe ao Exército, que domina a política do Egito desde a queda do rei Faruk, em 1952, decidir o futuro da rebelião: já desistiu de esmagar a revolta, mas ainda não retirou o apoio a Mubarak.
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