quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Atentados terroristas no Líbano têm a marca do Estado Islâmico

Dois atentados terroristas suicidas mataram pelo menos 43 pessoas e feriram outras 200 hoje numa área de maioria xiita no Sul de Beirute, a capital do Líbano. Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações. A maior suspeita recai sobre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, seguido de outras milícias extremistas sunitas envolvidas na guerra civil na vizinha Síria.

Eram cerca de seis da tarde pela hora local (14h em Brasília) quando um homem detonou os explosivos que trazia sob as roupas diante de um centro comercial. O segundo homem-bomba se detonou sete minutos depois, quando o local estava cheio de gente que socorria os feridos na primeira explosão. Um terceiro terrorista cuja bomba não explodiu teria sido detido e confessado pertencer ao Estado Islâmico.

O Sul de Beirute é a base da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), que luta ao lado da ditadura de Bachar Assad na guerra civil da Síria com apoio financeiro e militar do Irã. Em janeiro deste ano, a Frente al-Nusra, braço da Al Caeda no conflito sírio, cometeu atentados que deixaram nove mortos e 35 feridos na capital libanesa.

É parte da estratégia do Estado Islâmico fomentar o conflito sectário entre sunitas e xiitas para se apresentar como defensor legítimo do sunismo e do que considera o verdadeiro Islã. O grupo faz isso há uma década no Iraque, desde quando se chamava Al Caeda no Iraque e Estado Islâmico do Iraque.

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