Sem uma operação militar por terra, não será possível derrotar a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, declarou hoje o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ao lado do presidente iraquiano, Fuad Massum, informou o jornal turco Hürriyet.
Depois de advertir sobre o risco de possíveis ataques do Estado Islâmico na África, no Canadá e na Austrália, o presidente iraquiano, um curdo, pediu a ajuda da Turquia e de outros países para combater a milícia terrorista.
O Estado Islâmico ocupa grandes regiões da Síria e do Iraque, onde seu líder Abu Baker al-Baghdadi, proclamou a fundação de um califado em junho de 2014. Infiltrou-se na Líbia, criou uma base no Afeganistão em janeiro de 2015, fez um acordo com a milícia nigeriana Boko Haram e recruta milhares de jovens para sua "guerra santa" (jihad). Persegue cristãos e outras minorias, e está destruindo o patrimônio histórico, artístico e cultural das regiões ocupadas.
Erdogan advertiu que, mesmo derrotado, o Estado Islâmico pode renascer sob outro nome.
Quando os Estados Unidos entraram nas guerras civis do Iraque e da Síria para bombardear o EI, para participar Erdogan exigiu que um dos objetivos fosse afastar o ditador sírio, Bachar Assad, que ele considera responsável pelo caos na região.
Os EUA escolheram o EI como inimigo depois que o grupo degolou americanos. Passaram a aceitar que Assad fará parte das negociações pelo futuro da Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Presidente turco defende operação terrestre contra Estado Islâmico
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