sábado, 11 de abril de 2015

Guerra Fria ainda não terminou na América Latina

Apesar da reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos, ainda não é o fim da Guerra Fria na América Latina. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou hoje na 7ª Cúpula das Américas, realizada no Panamá, o governo americano de não receber as credenciais do embaixador venezuelano, que está esperando em Washington há um ano e um mês.

Os dois países não têm embaixadores, só encarregados de negócios, desde que o então presidente Hugo Chávez expulsou o embaixador americano Patrick Duddy, em 2009. Maduro reclamou que há dois anos manda mensagens para Obama, que nunca respondeu.

Nos seus discursos, Maduro costuma colocar a culpa de tudo o que acontece de errado na Venezuela nos EUA. Apesar de ter uma das maiores reservas mundiais de petróleo, o país afunda numa recessão com inflação de 80% ao ano e desabastecimento de produtos básicos como leite, carne, papel higiênico, óleo comestível e farinha de trigo.

A maior reclamação do medíocre presidente da Venezuela foi a imposição de sanções pelos EUA contra sete altos funcionários venezuelanos acusados de violação dos direitos humanos. Por exigência da lei americana, o texto do decreto aponta o país como uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Durante a semana, o assessor adjunto da Casa Branca para Segurança Nacional declarou que a Venezuela não é uma ameaça aos EUA. O assessor presidencial para o Hemisfério Ocidental afirmou que é uma ameaça para outros países da região.

Mais uma Cúpula das Américas termina sem documento final, desta vez porque a Venezuela, com o apoio da Bolívia e da Nicarágua, queria condenar no preâmbulo as sanções dos EUA.

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