quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ex-ditador propõe diálogo para evitar guerra civil no Iêmen

Sob a pressão de bombardeios aéreos liderados pela Arábia Saudita, o ex-ditador do Iêmen Ali Abdullah Saleh (1978-2011) pediu a ajuda da Rússia e de vários países árabes para sair do país em segurança com sua família, noticiaram as televisões Al Jazira e Al Arabiya. 

Em troca, Saleh e o líder dos rebeldes hutis, Abdul Malik al-Houthi, ofereceram a retirada dos rebeldes das cidades de Saná e Áden, a entrega das armas ao Exército e a abertura de um diálogo para reconciliação nacional.

A proposta foi rejeitada pelo presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita.

Mais de 700 pessoas foram mortas no Iêmen desde o início da interveção militar saudita, em 25 de março de 2015. O objetivo é impedir que os hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, tomem o porto de Áden, assumindo o controle das duas maiores cidades do país, depois de ocupar a capital, Saná, em setembro de 2014 e dissolver o governo e o Parlamento em fevereiro de 2015.

É assim mais um conflito entre sunitas e xiitas no Oriente Médio, a exemplo do que acontece no Bahrein, no Iraque, no Líbano e na Síria.

Com o clima de guerra civil, os Estados Unidos e outros países ocidentais fecharam suas representações diplomáticas no Iêmen. O governo americano usava o país como base para atacar com aviões não tripulados (drones) acampamentos da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, que se instalou no Iêmen para fugir da repressão saudita.

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