A Arábia Saudita mobilizou a Guarda Nacional para ajuda a polícia e o Exército a patrulhar a fronteira do país com o vizinho Iêmen, revelou hoje a Agência France Presse (AFP). Os militares se juntaram à polícia de fronteiras desde que os sauditas iniciaram há um mês uma intervenção com bombardeios aéreos para impedir o avanço dos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã.
A notícia foi divulgada um dias depois que o ministro do Exterior iemenita, Riyadh Yassin rejeitou uma proposta de negociação de paz feita pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que apoia os hutis.
Os sauditas entraram na guerra civil do Iêmen quando os hutis avançavam rumo ao porto de Áden, a segunda cidade mais importante do país. Os hutis ocupam a capital, Saná, desde setembro de 2014, e dissolveram as instituições governamentais em fevereiro de 2015.
Diante da ofensiva rebelde, o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, fugiu para a Arábia Saudita, onde pediu ajuda militar para retomar o poder.
Depois de anunciar o início de uma "segunda fase" na intervenção militar que implicaria o fim dos bombardeios aéreos, a Arábia Saudita voltou a atacar posições rebeldes no fim de semana.
Em meio ao caos da guerra civil iemenita, a rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, hoje o braço mais forte do grupo jihadista, tomou a cidade de Mukala, capital da província de Hadramauta, inclusive do porto e do aeroporto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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