sexta-feira, 24 de abril de 2015

Gen. Petraeus é condenado com direito a suspensão da pena

O ex-diretor-geral da Agência Central de Inteligência (CIA) e ex-comandante militar dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, general David Petraeus, um herói americano, foi condenado ontem a dois anos de prisão com direito a suspensão da pena e multa de US$ 100 mil por revelar segredos de Estado a uma amante jornalista, informam os jornais The New York Times e The Washington Post.

A sentença desapontou os agentes do FBI (Birô Federal de Investigações), a polícia federal dos EUA. Os policiais federais entendem que o ministro da Justiça e procurador-geral, Eric Holder, deu tratamento privilegiado ao réu, permitindo que o general se declarasse culpado por um delito menor e não fosse para a cadeia.

A multa, tida como exagerada por analistas do sistema jurídico americano, foi justificada pelo juiz David Keesler por causa da "seriedade dos crimes".

Como parte do acordo para reconhecer a culpa, Petraeus admitiu ter revelado à amante, Paula Broadwell, que estava escrevendo sua biografia, cadernos de notas que continham informações confidenciais sobre reuniões de oficiais, estratégia de guerra e capacidade dos serviços de inteligência.

Durante a Guerra Fria, houve o escandaloso Caso Profumo. Em março de 1963, foi descoberto que o secretário da Guerra do Reino Unido (na época, não se chamava secretário da Defesa), John Profumo, tinha um caso com Christine Keller, uma jovem modelo que era amante de Ievgueni Ivanov, o adido naval da União Soviética.

O primeiro-ministro conservador Harold McMillan renunciou e o Partido Trabalhista ganhou as eleições de 1964 com Harold Wilson, o grande líder britânico dos anos 60, era dos Beatles e dos Rolling Stones, de renascimento cultural e decadência imperial.

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