sexta-feira, 10 de abril de 2015

Somália oferece recompensa por líderes da milícia terrorista Al Chababe

O governo provisório da Somália ofereceu recompensa por informações que levem à captura ou morte de 11 líderes da milícia extremista muçulmana Al Chababe (A Juventude), ligada à rede terrorista Al Caeda, anunciou hoje a revista queniana Africa Review

As recompensas variam de US$ 100 mil a US$ 250 mil, prêmio pelo líder do grupo Ahmed Diriye, conhecido pelo nome de guerra Abu Ubayda.

Al Chababe reivindicou a autoria de uma chacina na universidade de Garissa em 2 de abril de 2015, quando 142 estudantes, três policiais e três soldados foram mortos por quatro terroristas, um deles identificado como um "estudante brilhante" filho de um alto funcionário da província de Mandera.

Em 2013, o mesmo grupo aterrorizou o centro comercial de luxo Westgate, em Nairóbi, a capital queniana, matando 67 pessoas. O governo do Quênia fez sua própria lista de 86 indivíduos e entidades suspeitas de financiar Al Chababe, ligada à rede terrorista Al Caeda.

Para sufocar financeiramente a milícia depois do ataque à universidade, o Quênia proibiu remessas de dinheiro de somalianos exilados no país. Os moradores de Mogadíscio, a capital da Somália, denunciam o que consideram uma "punição coletiva". As remessas de parentes exilados são fundamentais para a depauperada economia somaliana.

A Somália vive em estado de anarquia. Não tem governo estável desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, no fim da Guerra Fria. Desde 2011, soldados quenianos participam de uma força de paz da União Africana com mandato das Nações Unidas para apoiar o governo provisório.

Ao atacar no Quênia, Al Chababe pressiona a população a exigir o fim da participação queniana na força internacional de intervenção na Somália.

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