quinta-feira, 30 de abril de 2015

Talebã que atacaram Malala pegam prisão perpétua

Um tribunal antiterrorismo do Paquistão condenou hoje dez homens pela tentativa de assassinato, em 2012, da jovem Malala Yussafzai, que desafiava os extremistas muçulmanos defendendo a educação da mulher, noticiou a televisão pública britânica BBC. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2014 por sua luta.

Aos 11 anos, Malala criou um blogue para defender o direito das meninas à educação. Tinha 15 anos quando pistoleiros invadiram o ônibus escolar onde ela estava, no vale do Swat, uma área dominada por jihadistas, e dispararam na tentativa de matá-la. Outras duas meninas saíram feridas.

Gravemente ferida, Malala foi levada para tratamento na Inglaterra, onde vive exilada. Recuperada, passou a viajar pelo mundo para ampliar sua luta e escreveu um livro que liderou as listas de mais vendidos, Eu sou Malala, contando sua história. Foi a pessoa mais jovem a ganhar um prêmio Nobel.

No julgamento, os réus admitiram pertencer à milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes) do Paquistão, mas o suspeito de comandar o ataque e o pistoleiro que teria disparado não estão entre os condenados. Eles teriam fugido para o Afeganistão.

Hoje, aos 17 anos, ela criou o Fundo Malala para "dar poder à mulher através da educação". A emancipação da mulher é um aspecto fundamental no combate ao fundamentalismo islâmico.

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