Com fusões em série, a China pretende reduzir a 40 o número de conglomerados estatais para melhorar o desempenho econômico do setor, revelou hoje a mídia estatal chinesa, citada apela agência Reuters.
No momento, o governo central chinês controla 112 conglomerados, inclusive 277 empresas de economia mista listadas nas bolsas de valores de Xangai e Xenzen, com valor de mercado de US$ 1,6 trilhão, informou o Diário de Informação Econômica.
A reestruturação do setor estatal é uma das prioridades do presidente Xi Jinping no momento em que a China tenta reorientar sua economia do comércio exterior para o mercado interno. O crescimento do ano passado (7,4%) foi o menor desde 1990 e o do primeiro trimestre (ritmo de 7% ao ano) o menor para o período em seis anos.
Um dos principais objetivos é reduzir uma concorrência predatória em setores competitivos. Com a notícia, as bolsas chinesas subiram hoje ao mais alto nível em sete anos, puxadas por gigantes como a China Petroleum & Chemical Corporation e a PetroChina. A SinoPec, maior refinaria da Ásia, e a PetroChina negaram estar discutindo uma fusão. Alegaram não ter recebido qualquer orientação neste sentido.
A fusão da CNR e da CSR, as maiores fabricantes de trens da China, criou uma empresa de US$ 26 bilhões apta a competir no mercado internacional com rivais como a companhia alemã Siemens e a canadense Bombardier.
Dentro da campanha anticorrupção usada pelo presidente Xi para se consolidar e se legitimar no poder, a Comissão Central para Inspeções Disciplinares está intensificando a fiscalização das empresas estatais de setores considerados estratégicos.
Nas últimas semanas, o presidente do grupo China FAW, Xu Jianyi, o vice-presidente do grupo Baostel, Cui Jian, e o gerente-geral da China National Petroleum Corporation passaram a ser investigados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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