O Tribunal de Justiça de Gwanju, na Coreia do Sul, sentenciou hoje à prisão perpétua por múltiplos homicídios o capitão Lee Joon Seok, responsável pelo naufrágio do ferryboat Sewol em 16 de abril de 2004, quando 304 pessoas morreram, na maioria estudantes de segundo grau, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A embarcação ia do porto de Incheon para a ilha turística de Jeju quando aconteceu o acidente. Lee, de 70 anos, mandou os passageiros ficarem onde estavam e foi um dos primeiros a serem resgatados, em vez de comandar a evacuação do navio.
"O capitão acabou prematuramente com as vidas dos estudantes e marcou as vidas dos pais para sempre", declarou o desembargador Seo Kyeong Hwan, que chorou ao ler a sentença. "Suas ações mancharam a imagem da Coreia do Sul e não podem ser justificadas sob quaisquer ciscunstâncias."
Um engenheiro foi absolvido em segunda instância da acusação de homicídio e teve a pena reduzida de 30 para 10 anos. As penas de outros 13 tripulantes foram reduzidas para um mínimo de um ano e meio e um máximo de 12 anos de cadeia.
Para um pai que perdeu o único filho, as penas para a tripulação foram suaves demais: "Todos foram responsáveis por abandonar as crianças, por isso mereciam sentenças mais pesadas." No julgamento em primeira instância, o capitão havia sido condenado a 36 anos de prisão.
O governo da Coreia do Sul pretende içar os restos do navio. A operação começa em setembro de 2015.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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