"A delegação revolucionária de Cuba, a verdadeira sociedade civil, está deixando este plenário porque não podemos ficar no mesmo espaço onde há terroristas de uma suposta sociedade civil que não é a nossa, que é paga e manipulada", declarou o presidente da Associação Irmãos Sainz, Luis Morlote, ao sair da cerimônia de abertura.
Antes de se retirar, a delegação da ditadura militar cubana fez um protesto de mais de uma hora para atrasar o início do evento e pressionar a organização a expulsar os dissidentes de Cuba. Representantes das organizações oficiais cubanas cantaram e gritaram palavras de ordem contra os dissidentes como "Fora traidores e mercenários!", "Expulsem-los!" e "Abaixo o ninho de vermes!"
O dissidente Manuel Cuesta Morúa, líder do Arco Progressista, foi vaiado e xingado de "mercenário" ao chegar ao fórum, em meio a vivas a Cuba, Venezuela, Fidel Castro e Hugo Chávez, exaltados como os grandes líderes "anti-imperialistas" do continente.
Em Havana, o vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, apontado como o mais provável sucessor de Raúl Castro em 2018, considerou "inaceitável" dividir espaço no fórum social do Panamá com "representantes ilegítimos" da sociedade civil cubana e "mercenários do império".
A ditadura dos irmãos Castro nega legitimidade a qualquer tipo de oposição. Morlote, presidente de uma organização governamental disfarçada de sociedade civil, acusou os organizadores de "falta de responsabilidade" por autorizarem a presença da oposição cubana.
Entre os supostos "terroristas" presentes no Panamá, a delegação de Cuba apontou o ex-agente secreto americano Felix Rodriguez, envolvido na captura e morte do guerrilheiro heroico Ernesto Che Guevara, em outubro de 1967, na Bolívia.
A reunião de cúpula para marcar a reintegração de Cuba ao sistema interamericano começa mal. Com a ajuda da Bolívia e da Nicarágua, a Venezuela conseguiu vetar o documento final da reunião. O governo Nicolás Maduro insistiu em condenar, no preâmbulo, as sanções impostas pelos EUA a sete altos funcionários venezuelanos acusados de violações de direitos humanos.
"Mantivemos a exigência de que se incluísse no documento final o pedido de revogação do decreto imperial dos EUA", afirmou a ministra do Exterior venezuelana, Delcy Rodríguez.
Pela terceira vez consecutiva, a Cúpula das Américas não vai produzir um documento final, o que exige um consenso.
A reunião de cúpula para marcar a reintegração de Cuba ao sistema interamericano começa mal. Com a ajuda da Bolívia e da Nicarágua, a Venezuela conseguiu vetar o documento final da reunião. O governo Nicolás Maduro insistiu em condenar, no preâmbulo, as sanções impostas pelos EUA a sete altos funcionários venezuelanos acusados de violações de direitos humanos.
"Mantivemos a exigência de que se incluísse no documento final o pedido de revogação do decreto imperial dos EUA", afirmou a ministra do Exterior venezuelana, Delcy Rodríguez.
Pela terceira vez consecutiva, a Cúpula das Américas não vai produzir um documento final, o que exige um consenso.
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