terça-feira, 24 de novembro de 2015

Turquia abate avião de guerra russo na Síria

A Turquia derrubou hoje um avião de guerra da Rússia perto da fronteira com a Síria, acusando-o de violar repetidas vezes o espaço aéreo turco. A Rússia negou a invasão do espaço aéreo turco. 

O presidente Vladimir Putin descreveu o incidente como "uma punhalada pelas costas" e afirmou que haverá "sérias consequências", noticiou a televisão pública britânica BBC.

Os dois pilotos saltaram de paraquedas e foram mortos por rebeldes turcomenos, noticiou a agência Reuters citando o comando militar rebelde como fonte. Isso pode ser enquadrado como crime de guerra. A Turquia disse que eles podem estar vivos.

"Durante todo o tempo, o avião voou apenas no espaço aéreo turco", declarou em nota em Moscou o Ministério da Defesa da Rússia. O presidente Putin lamentou que a Turquia tenha recorrido à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, antes de comunicar o fato à Rússia.

A Turquia convocou uma reunião de emergência da OTAN. Putin alegou que na área havia voluntários russos que foram para a Síria lutar ao lado de terroristas e seriam ameaça à Rússia quando voltaram para casa.

O presidente da França, François Hollande, está hoje em Washington com o presidente Barack Obama, depois de se encontrar ontem em Paris com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Amanhã, recebe a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e quinta-feira vai a Moscou conversar com Putin, na tentativa de articular uma grande aliança de grandes potências contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

A queda do avião russo mostra as limitações da cooperação militar entre a Rússia e as potências ocidentais e seus aliados no Oriente Médio porque os objetivos são diferentes.

A Turquia, país-membro da OTAN, exige a saída do ditador sírio, Bachar Assad, que a Rússia e o Irã querem manter no poder a qualquer preço.

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