O índice de preços ao consumidor nos 19 países da União Europeia que adotam o euro como moeda caiu para -0,1% ao ano em setembro de 2015 depois de registrar uma alta anual de 0,1% em agosto. Na UE como um todo, também foi de -0,1% depois de ficar em zero em agosto, informou hoje o Eurostat, o escritório oficial de estatísticas do bloco europeu.
A deflação foi maior em Chipre (-1,9%), na Romênia(-1,5%) e na Espanha (-1,1%). A inflação foi maior em Malta (1,6%), na Bélgica, em Portugal e na Suécia (0,9%).
Os índices que mais pesaram na alta foram de cafés e restaurantes (0,12%), legumes (0,11%) e tabaco (0,8%). A pressão para baixo veio de transportes (-0,71%), combustíveis líquidos (-0,25%) e leite, queijos e ovos (0,06%).
A deflação ou queda de preços tem um efeito negativo sobre a economia. Se os preços tendem a cair, os consumidores adiam suas compras, o comércio faz menos encomendas à indústria e a produção industrial diminui.
Um dos fatores fundamentais para a deflação é a baixa nos preços do petróleo desde junho de 2014. Com a volta do Irã ao mercado internacional em 2016 por causa do acordo nuclear e do fim das sanções internacionais, os preços do petróleo tendem a se manter baixos, afetando a produção de alto custo como as do gás e óleo de xisto nos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o baixo custo da energia foi um dos motores da fraca recuperação da Eurozona.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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