sábado, 17 de outubro de 2015

Exército da Síria e Hesbolá tomam três vilas na ofensiva para Alepo

Com o apoio dos bombardeios aéreos da Rússia, o Exército da Síria e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) tomaram três vilas ao sul da cidade de Alepo numa ofensiva lançada ontem para tentar retomar a segunda cidade mais importante do país, informou a agência Reuters.

As forças leais à ditadura de Bachar Assad avançam rumo à base aérea de Kweires, que está cercada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante e outros grupos rebeldes. No momento, Alepo está dividida em enclaves rebeldes e governistas.

Desde 30 de setembro, a Força Aérea da Rússia realizou 669 missões contra 456 alvos. Ontem, atacou 49 alvos em Alepo, Damasco, Hama, Idlibe e Latakia. Em entrevista à televisão russa, o primeiro-ministro Dimitri Medvedev declarou que o objetivo da intervenção militar é enfraquecer o Estado Islâmico e não sustentar o regime de Assad.

A realidade indica exatamente o contrário. Não é prioridade russa atacar o Estado Islâmico. A intervenção visa a enfraquecer todos os grupos que sejam alternativa a Assad num futuro arranjo de poder na Síria. Os ataques se concentram no Oeste e Noroeste do país, na estrada que liga Damasco a Hama e Alepo e ao Mar Mediterrâneo.

Como o Estado Islâmico e a rede terrorista Al Caeda não participarão das negociações de paz, a estratégia de Vladimir Putin é transformar a guerra civil síria num conflito entre a ditadura de Assad e o Estado Islâmico, não deixando alternativa aos Estados Unidos e à Europa a não ser ficar do lado do atual desgoverno, principal responsável por uma guerra civil que matou 250 mil cidadãos.

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