A União Europeia pode ajudar a Líbia a fortalecer suas fronteiras e desarmar as milícias se houver um acordo para formar um governo de união nacional, noticiou hoje a agência Reuters citando um documento interno do bloco europeu.
O texto preparado pela comissária de Relações Exteriores da UE, a ex-chanceler italiana Federica Mogherini, foi enviada aos países-membros ontem em preparação para uma reunião realizada hoje em Bruxelas, na Bélgica.
A Líbia vive em estado de anarquia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011, com milícias rivais disputando o poder. A UE é a principal mediadora do diálogo entre as diferentes facções, mas enfrenta sérios problemas internos como as crises econômica e de refugiados para investir o tempo e o dinheiro necessários para reconstruir as instituições estatais líbias.
Kadafi caiu cinco meses depois de uma intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para impedir o massacre de civis em caso de vitória do ditador. Mas a ONU não enviou uma missão de paz para promover a reconciliação nacional.
O resultado foi a anarquia generalizada. A produção de petróleo, maior riqueza do país, desabou. Há dois governos paralelos disputando o poder. A Líbia se tornou ponto de partida para embarcações precárias que levam refugiados e imigrantes ilegais para a Europa. E a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante se infiltrou no país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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