Por 261 a 159 votos, a maioria oposicionista Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje o fim da proibição de exportar petróleo adotada há mais de 40 anos durante a crise deflagrada pelo embargo árabe à venda do produto para países aliados de Israel.
Como o presidente Barack Obama é contra, o projeto, de interesse das grandes companhias de petróleo, pode enfrentar dificuldades no Senado, onde o Partido Republicano precisa de 60 votos para barrar a obstrução da minoria democrata.
As empresas argumentam que a liberação das exportações corrigiria distorções do mercado, geraria empregos e aumentaria a produção de petróleo dos EUA. Ela cresceu 80% desde 2008, especialmente com o óleo de xisto betuminoso, provocando a queda nos preços em mais da metade desde meados de 2014.
Para a Casa Branca, o Congresso deveria concentrar esforços na transição para uma economia de baixo carbono. Com a maioria dos republicanos contesta que o homem seja responsável pelo aquecimento do planeta, o conflito está armado.
Analistas do Departamento de Energia acreditam que o preço da gasolina não seria alterado com as exportações. O embargo visa a manter as reservas de petróleo do país por razões estratégicas e de segurança Nacional. É o petróleo que move as Forças Armadas dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário